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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Issue 4.
Pages 238-242 (October - December 2014)
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Vol. 55. Issue 4.
Pages 238-242 (October - December 2014)
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Perfil epidemiológico de pacientes com diagnóstico de quisto odontogénico em uma universidade de odontologia
Epidemiologic profile of patients diagnosed with odontogenic cysts at a dentistry university
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Dayane Diasa, Catia Gazollab, Bruno Matosc, Soraya Grossmanna, Lucinei Oliveiraa,
Corresponding author
lucinei@yahoo.com

Autor para correspondência.
a Departamento de Patologia Oral, Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Três Corações, Minas Gerais, Brazil
b Departamento de Radiologia, Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, Minas Gerais, Brasil
c Departamento de Cirurgia, Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, Minas Gerais, Brasil
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Tabela 1. Distribuição dos casos de quistos odontogénicos encontrados
Tabela 2. Distribuição dos casos de quistos odontogénicos de acordo com o género dos pacientes
Tabela 3. Distribuição dos casos de quistos odontogénicos conforme a localização anatómica
Tabela 4. Distribuição dos casos de quistos odontogénicos de acordo com a idade dos pacientes
Tabela 5. Distribuição dos casos de quistos odontogénicos conforme a história pregressa
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Resumo
Objetivo

O objetivo desse estudo foi conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com quistos odontogénicos (QO) numa universidade particular de odontologia, num período de 8 anos.

Métodos

Um estudo retrospectivo foi realizado através da análise dos registros dos diagnósticos histopatológicos. Foram pesquisados os seguintes dados: género, idade, localização anatómica, tipo de quisto e história pregressa.

Resultados

Foram encontrados 158 casos, com predomínio de pacientes do género feminino (50,6%) com idade até 60 anos (88,6%) e história pregressa ao diagnóstico igual ou maior que 6 meses (17,7%). Com relação à localização anatómica, a maxila foi a região mais prevalente (47,5%). Foram encontrados 58 (36,7%) QO de desenvolvimento e 100 (63,3%) QO inflamatórios. Os QO mais prevalentes foram o quisto periodontal apical (57%) e o quisto dentígero (34,8%). Os resultados destacam uma maior prevalência de QO de etiologia inflamatória na maxila e em pacientes do género feminino com 60 anos ou menos.

Conclusão

O perfil epidemiológico dos QO observado na presente investigação foi semelhante ao encontrado em outras populações, havendo discreto predomínio do género feminino e diferença em relação à localização anatómica.

Palavras‐chave:
Patologia bucal
Quistos odontogénicos
Quisto periodontal apical
Quisto dentígero
Abstract
Objective

This study aimed to investigate the epidemiological profile of diagnosed odontogenic cysts (OCs) in patients of a private dentistry university over an 8‐year period.

Methods

We retrospectively analyzed the following characteristics from the histopathological records of patients: gender, age, anatomic location, type of cyst, and patient history.

Results

We identified a total of 158 cases, showing a female predominance (50.6%), largely affecting patients younger than 60 years (88.6%), and with a lesion evolution time of ≥6 months (17.7%). The maxilla was the most prevalent anatomic location for OCs (47.5%). Further, of the 158 OC cases, 58 (36.7%) were developmental OCs and 100 (63.3%) were inflammatory OCs. The most prevalent types of OCs were apical periodontal cysts (57%) and dentigerous cysts (34.8%). Thus, our results have highlighted a higher prevalence of inflammatory OCs occurring in the maxilla, predominantly affecting female patients younger than 60 years.

Conclusion

The epidemiological profile of OCs observed in this study was similar to that observed in different populations, with a discrete predominance of females and discrepancies regarding anatomic location.

Keywords:
Oral Pathology
Odontogenic Cysts
Apical Periodontal Cyst
Dentigerous Cyst
Full Text
Introdução

Os quistos odontogénicos (QO) são caracterizados por uma cavidade patológica revestida por epitélio odontogénico, contendo em seu interior material líquido ou semissólido. Originam‐se dos componentes epiteliais do órgão dentário ou dos seus remanescentes embrionários, tais como os restos epiteliais de Malassez, os restos de Serres ou o órgão do esmalte, que se encontram aprisionados dentro dos tecidos ósseos ou dos tecidos gengivais1–4.

Os QO podem ser divididos em quistos inflamatórios e de desenvolvimento, de acordo com sua patogênese. Os QO de desenvolvimento são de origem desconhecida, mas não parecem resultar de um processo inflamatório. Por outro lado, como o próprio nome sugere, os QO inflamatórios estão associados com a inflamação5–8.

Os QO apresentam características clínicas e comportamentos biológicos diferenciados, mas geralmente exibem um crescimento lento, com uma tendência de expansão9–11. No entanto, apesar do seu comportamento biológico usualmente benigno, se não forem tratados de forma adequada, podem atingir um tamanho significativo, comprometendo a função e a estética dos pacientes. Assim, o conhecimento das caraterísticas clinicopatológicas dos QO constituem aspetos fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado12–16.

No presente estudo, objetivou‐se traçar o perfil epidemiológico dos QO diagnosticados na Faculdade de Odontologia da Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), em Três Corações‐MG, Brasil, entre 2000‐2007.

Materiais e métodos

Um estudo de prevalência sobre QO foi realizado no Departamento de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da UninCor, em Três Corações‐MG, Brasil.

Os dados foram obtidos a partir dos laudos histopatológicos correspondentes ao período entre o ano de 2000 e de 2007. Foram analisadas as seguintes variáveis: género, idade, história pregressa, localização anatómica e tipo de QO. Os QO foram divididos de acordo com a classificação de Shear e Speight17 e os resultados expostos através de estatística descritiva. O presente estudo foi previamente submetido ao Comité de Ética em Pesquisa da UninCor (Parecer n.° 430.218/2013).

Resultados

Entre 1.852 amostras de biópsias orais analisadas nos registros do Departamento de Patologia Oral da UninCor‐MG encontramos 158 casos de QO (8,5%). Desse total, foram diagnosticados 100 (63,3%) casos de QO inflamatórios e 58 (36,7%) casos de QO de desenvolvimento.

Conforme apresentado na tabela 1, a análise individual mostrou que os quistos mais frequentemente diagnosticados foram os quistos periodontais apicais (57,0%), seguindo‐se os quistos dentígeros (34,8%). Do total, uma discreta predileção pelo género feminino foi observada (50,6%) (tabela 2).

Tabela 1.

Distribuição dos casos de quistos odontogénicos encontrados

Tipo de quisto 
Quisto periodontal apicala  90  57,0 
Quisto dentígerob  55  34,8 
Quisto residuala  5,7 
Quisto periodontal lateralb  1,9 
Quisto paradentárioa  0,6 
Total  158  100 
a

QO inflamatório.

b

QO de desenvolvimento.

Tabela 2.

Distribuição dos casos de quistos odontogénicos de acordo com o género dos pacientes

Tipo de quisto
  Género
  MasculinoFeminino
 
Quisto periodontal apical  42  26,6  48  30,4 
Quisto dentígero  26  16,5  29  18,3 
Quisto residual  3,8  1,9 
Quisto periodontal lateral  1,9  ‐  ‐ 
Quisto paradentário  0,6  ‐  ‐ 
Total  78  49,4  80  50,6 

Informações sobre a localização anatómica estavam disponíveis em 125 casos (79,1%) e a localização mais frequente foi na maxila (47,5%). A tabela 3 resume a localização dos QO encontrados. A idade média dos pacientes foi de 39,7 anos (desvio padrão±17,9 anos) e a tabela 4 demonstra que existiu uma maior prevalência de pacientes com 60 anos ou menos (88,6%). Em relação à história pregressa, 17,7% dos pacientes relataram que o tempo de evolução notado foi igual ou maior que 6 meses (tabela 5).

Tabela 3.

Distribuição dos casos de quistos odontogénicos conforme a localização anatómica

Tipo de quistoLocalização anatómica
  MaxilaMandíbulaNão informado
 
Quisto periodontal apical  51  32,3  22  13,9  17  10,8 
Quisto dentígero  18  11,4  22  13,9  15  9,5 
Quisto residual  3,2  1,9  0,6 
Quisto periodontal lateral  0,6  1,3  –  – 
Quisto paradentário  ‐  ‐  0,6  –  – 
Total  75  47,5  50  31,6  33  20,9 
Tabela 4.

Distribuição dos casos de quistos odontogénicos de acordo com a idade dos pacientes

Idade
Tipo de quisto  Menor ou igual a 60 anosMais de 60 anosNão informado
 
Quisto periodontal apical  83  52,5  2,6  1,9 
Quisto dentígero  47  29,8  0,6  4,4 
Quisto residual  5,1  –  –  0,6 
Quisto periodontal lateral  0,6  –  –  1,3 
Quisto paradentário  0,6  –  –  –  – 
Total  140  88,6  3,2  13  8,2 
Tabela 5.

Distribuição dos casos de quistos odontogénicos conforme a história pregressa

Tipo de quisto
História pregressa
  Menor que 6 mesesMaior ou igual a 6 mesesNão informado
 
Quisto periodontal apical  5,1  17  10,8  65  41,1 
Quisto dentígero  4,4  4,4  41  26 
Quisto residual  0,6  2,5  2,6 
Quisto periodontal lateral  0,6  –  –  1,3 
Quisto paradentário  –  –  –  –  0,6 
Total  17  10,7  28  17,7  113  71,6 
Discussão

De acordo com estudos anteriores5,8, os QO são diagnosticados em 7‐12% de todas as biópsias orais e maxilo‐faciais, resultado consistente com a prevalência aqui obtida (8,5%). Os QO mais encontrados no presente estudo foram os quistos periodontais apicais (57%) e sua prevalência foi semelhante à encontrada por outros autores4,14. Contudo, nossos resultados discordam de outras investigações, em que os QO mais prevalentes foram os quistos dentígeros5,18.

Existiu um discreto predomínio do género feminino (50,6%) em relação ao masculino (49,4%), resultados semelhantes aos encontrados por outras investigações5,8, mas que também demonstram diferença em relação a outros estudos4,14. Em relação à localização anatómica de origem dos QO, assim como outros autores7,15, observamos que a região mais atingida foi a maxila. Por outro lado, outros estudos apontam a mandíbula como a localização mais prevalente10,16.

Observamos que a classe dos que continham 60 anos ou menos foi a mais representada nos quistos periodontais apicais, resultados que foram concordantes com outro estudo sobre o assunto13. Em relação aos quistos dentígeros, assim como em nossa investigação, outra também observou maior prevalência no género feminino19. Da mesma forma, a predileção pela mandíbula aqui encontrada está em concordância com estudos anteriores1,2,20. A maior frequência dos quistos dentígeros na mandíbula pode ser explicada pelo facto dos terceiros molares inferiores serem os dentes mais frequentemente afetados14. Apesar de um único estudo ter relatado maior prevalência dos quistos dentígeros em pacientes maiores de 60 anos11, existe um consenso na literatura de que eles são predominantemente diagnosticados em pacientes com 60 anos ou menos3,5,12, conforme observado no presente estudo.

Verificamos em nossa amostra 5,7% de casos de quistos residuais, com predomínio em pacientes do género masculino, com 60 anos ou menos, na região da maxila, e com história pregressa igual ou maior que 6 meses, resultado concordante com os de outros autores10,11,13, que também costumam encontrar baixa prevalência desse quisto.

Com relação ao quisto periodontal lateral, observamos mais casos na mandíbula e em pacientes do género masculino, também com 60 anos ou menos, resultados que se mostraram semelhantes a outros estudos9,21. Por fim, observamos ainda um caso de quisto paradentário, encontrado na mandíbula de um paciente do género masculino, conforme também reportado em outras investigações3,17, que ressaltaram ser incomum esse tipo de QO.

Conclusão

O perfil epidemiológico dos QO observado na presente investigação foi semelhante ao encontrado em outras populações, existindo um discreto predomínio do género feminino e por quistos localizados na maxila.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondência deve estar na posse deste documento.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Agradecimentos

Agradecemos à agência financiadora do trabalho FAPEMIG.

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