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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 18. Fisioterapia coadjuvante no tratamento da Classe II cirúrgica
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e58 (October 2014)
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Reuniões e Congressos 2014
Pages e58 (October 2014)
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# 18. Fisioterapia coadjuvante no tratamento da Classe II cirúrgica
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Alexandra Ançã Pires, Nelso Alves Reis
Disciplina de Ortodontia no Curso de Medicina Dentária da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa
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Introdução: A discrepância esquelética de Classe II tem uma elevada prevalência na população caucasiana com uma significativa variabilidade inter‐indivíduo. Dependendo do grau de severidade, nem sempre a mecânica ortodôntica é suficiente para obter uma oclusão estável, sendo a intervenção cirúrgica essencial. No entanto, quando a Classe II esquelética se conjuga com um padrão dolicofacial, a estabilidade torna‐se mais difícil de alcançar.

Caso clínico: Dois indivíduos caucasianos adultos portadores de má oclusão de Classe II com crescimento vertical foram submetidos a um Tratamento Ortodôntico Cirúrgico Ortognático, cuja cirurgia incluiu os seguintes procedimentos: Le Fort I com intrusão anterior e avanço maxilar, osteotomia bilateral para deslize cortical anterior e correcção da assimetria facial e mentoplastia de avanço. No intuito de se obter o mínimo de sobrecarga articular e o máximo de estabilidade pós‐tratamento, foi implementado um protocolo de Fisioterapia pré e pós‐cirúrgico para estabilização neuromuscular tridimensional, tendo por base a avaliação das articulações temporo‐mandibulares, dos músculos mastigatórios, da postura cervical, da respiração e dos tecidos moles.

Discussão e conclusões: No Tratamento Ortodôntico Cirúrgico Ortognático das Classes II com necessidade de avanço mandibular e redução da altura facial inferior, deve ser incluída a Cinesioterapia Maxilo‐Facial antes da cirurgia ortognática pelo risco acrescido de reabsorção condilar, sobretudo se existir disfunção temporo‐mandibular, sendo mandatório o seu tratamento prévio e com recurso a Fisioterapia para restabelecer a função mandibular pela libertação da dor músculo‐esquelética, obter a estabilização neuromuscular da ATM e preparar a pele para a tração subsequente. A Cinesioterapia Maxilo‐Facial pode ser retomada 5 horas após a cirurgia com recurso a uma Drenagem Linfática Manual para promover o alívio da dor, diminuir o edema e evitar aderências fibrosas. A Fisioterapia Activa para restabelecimento da função mandibular deve ser iniciada a 2 semanas do pós‐operatório com um protocolo de exercícios isotónicos e isométricos. Para recuperação da neuropraxia, é recomendado efectuar a reeducação sensorial (3‐5 dias pós‐operatório) conjugada com terapia comportamental cognitiva através de exercícios de mímica facial para restabelecer as ligações nervosas e automatizar movimentos musculares para as diversas funções orofaciais. A estabilização neuromuscular tridimensional por meio de Fisioterapia proporciona um auxílio na adaptação muscular e tecidular pós‐operatória. A Cinesioterapia Maxilo‐Facial possibilitou uma recuperação rápida e sem sequelas em termos da dinâmica muscular e mandibular com excelente recuperação sensitiva.

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