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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 17. Impactação Canina e Hereditariedade? ‐ Série de casos clínicos
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e57-e58 (October 2014)
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Reuniões e Congressos 2014
Pages e57-e58 (October 2014)
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# 17. Impactação Canina e Hereditariedade? ‐ Série de casos clínicos
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Maria Passos, Andreia Fontes, Fred Pinheiro, Joaquim Ramalhão, Paula Vaz, Maria João Ponces
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto – Serviço de Ortodontia
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Introdução: Os caninos são os segundos dentes maxilares mais frequentemente impactados, com uma prevalência que varia entre 1 e 3%, posicionando‐se mais frequentemente por palatino. Contrariamente às impactações vestibulares que se associam à deficiência esquelética da pré‐maxila, as palatinas habitualmente surgem em arcadas dentárias com perímetro adequado. Atualmente existem duas teorias relativas à etiologia das impactações caninas por palatino (ICP): a teoria genética e a teoria de orientação do gérmen do canino. A primeira explica a ocorrência de ICP com base numa hereditariedade multifactorial poligénica e baseia‐se em 5 premissas: ocorrência de anomalias dentárias concomi tantes com ICP, ocorrência bilateral de ICP, diferenças de género na prevalência de ICP, ocorrência familiar de ICP e diferenças de prevalência entre populações. No que concerne à teoria da orientação do gérmen, a mesma contra‐argumenta que anomalias dentárias de etiologia genética (incisivos laterais pequenos, ausentes ou conóides) criam uma alteração ambiental que conduz à impactação canina. No estudo de Pirinen de 35 heredogramas encontraram‐se 8 famílias, em que indivíduos relacionados em 1° ou 2° grau expressavam o fenótipo, representando uma prevalência de ICP de 4,9% entre parentes. Camilleri em 2008 demonstrou que, embora a impactação canina esteja relacionada com um gene de transmissão dominante, há fatores de ordem ambiental, epigenética e outros genes que influenciam o fenótipo. Assim sendo, são necessários mais estudos que identifiquem os fatores genéticos e o modo como estes influenciam a impactação canina. Será recomendável a monitorização da erupção dos caninos maxilares permanentes antes dos 10 anos, sendo a radiografia panorâmica (RP) um meio preponderante na deteção precoce. Face a um padrão eruptivo dos caninos a sugerir tendência para a impactação, a maioria dos autores defende a extração profilática do canino decíduo (CD).

Caso clínico: Apresenta‐se heredograma com fenótipos sugesti vos de ICP com etiologia genética. A partir do caso de uma progenitora com história de ICP, apresentam‐se os casos clínicos de 3descendentes com: 1) Impactação unilateral; 2) Impactação bilateral; 3) Processo eruptivo dos caninos normal.

Discussão e conclusões: Dada a história clínica de ICP da progenitora, os descendentes foram devidamente monitorizados no sentido de evitar a impactação dentária. Num dos pacientes, após RP suspeitou‐se de impactação unilateral tendo‐se realizado extração do CD. No entanto, esta terapêutica intercetiva revelou‐se insuficiente para a correta erupção do canino permanente. No outro descendente, durante o período de controlo com RP, tornaram‐se óbvios os sinais de impactação bilateral com uma horizontalização e aproximação à linha média dos caninos. Apesar da controvérsia na literatura, o padrão familiar de impactação canina não deverá ser negligenciado podendo o seu conhecimento auxiliar no acompanhamento mais meticuloso de pacientes em dentição decídua e/ou mista.

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