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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial I-41. Crenças dos pais e sua relação com os hábitos de escovagem dos filhos
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e18-e19 (October 2013)
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e18-e19 (October 2013)
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I-41. Crenças dos pais e sua relação com os hábitos de escovagem dos filhos
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Sónia Mendes, Ana Rita Goes, Luísa Barros, Mário Bernardo
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL)
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Objetivos: As crenças dos pais sobre a saúde oral podem influenciar, de modo positivo ou negativo, os comportamentos das crianças, podendo estes ser determinantes para o desenvolvimento de cárie. O estudo desta relação é interessante para a implementação de estratégias de promoção da saúde oral. Este estudo teve por objectivo relacionar as crenças dos pais relativas à escovagem dos dentes com os hábitos de escovagem das crianças.

Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal, numa amostra aleatória e representativa da população pré-escolar (3 a 5 anos) do Distrito de Lisboa (n=477). A recolha de dados foi realizada por um questionário de auto-relato aplicado aos pais, validado para português. Foram construídos três modelos de regressão logística (?=0,05), um para cada das seguintes variáveis: a) escovagem bidiária, b) ajuda diária na escovagem e c) implementação da escovagem antes do primeiro ano de idade. As covariáveis incluídas nos modelos foram a idade da criança, o nível de instrução da mãe e as crenças dos pais relativas à eficácia da escovagem e à importância e intenção da escovagem. O estudo foi aprovado pela comissão de ética da FMDUL. A participação foi voluntária e dependente de consentimento informado.

Resultados: Todos os modelos se demonstraram significativos (p<0,001). No modelo a) as crenças positivas sobre a eficácia da escovagem estavam associadas a uma maior probabilidade da criança efetuar uma escovagem bidiária (OR=3,5; CI:2,3-5,3). No modelo b) as crianças mais velhas apresentavam uma probabilidade duas vezes menor de serem ajudadas pelos pais (OR=0,5; CI:0,3-0,6). Uma tendência semelhante foi encontrada em crianças cujas mães tinham um menor nível de instrução (OR=0,3; CI:0,2-0,9). Por outro lado, as crenças positivas sobre a importância e intenção da escovagem e sobre a eficácia da escovagem aumentaram a probabilidade das crianças receberem ajuda na escovagem (OR=2,7; CI:1,6-4,5 e 1,5; CI:1,0-2,2 respetivamente). Por último, no modelo c) a probabilidade da criança iniciar a escovagem dos dentes antes do primeiro ano foi significativamente maior quando os pais apresentavam crenças positivas sobre a eficácia da escovagem (OR=3,3; CI:1,9-5,5).

Conclusões: As crenças dos pais sobre a escovagem, em especial as crenças da eficácia da escovagem, influenciam os comportamentos de escovagem dos dentes dos seus filhos. Assim, a implementação de estratégias que incluam ações para modificar as crenças dos pais poderão resultar na adoção de comportamentos de saúde oral positivos.

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