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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-9. Um Caso Raro de Mioepitelioma localizado na Gengiva do Maxilar Superior
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e43 (October 2013)
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e43 (October 2013)
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C-9. Um Caso Raro de Mioepitelioma localizado na Gengiva do Maxilar Superior
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Tiago Pinto Ribeiro
, Isabel Esteves, Otília Pereira-Lopes, Filipe Coimbra
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP)
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Introdução: O mioepitelioma é um tumor das glândulas salivares de natureza benigna e raro. A sua localização mais frequente é na glândula parótida podendo aparecer raramente noutros locais da mucosa oral. Clinicamente observa-se como uma massa redonda recoberta por mucosa normal sem sintomatologia dolorosa. Esta neoplasia resulta de uma proliferação monoclonal de células mioepiteliais. O seu diagnóstico é feito por anatomopatologia e a sua caracterização completa depende de análise imunohistoquímica.

Caso clínico: Paciente M.S.S.M., mulher caucasiana com 18 anos, recorreu à clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto com queixas de uma tumefacção localizada na gengiva na zona anterior do maxilar superior que tinha aparecido há cerca de 4 anos e foi crescendo lentamente. Clinicamente, o tumor tinha 2cm de comprimento, era coberto por mucosa normal e não era doloroso. Radiograficamente, a região apresentava uma zona de reabsorção do osso alveolar. O diagnóstico clínico foi de cisto gengival ou de granuloma periférico de células gigantes. Realizou-se a exérese da lesão com dissecção e curetagem do osso alveolar. A peça operatória foi enviada para exame histológico. O resultado do exame histológico foi de mioepitelioma.

Discussão e conclusões: O mioepitelioma embora seja um tumor raro, ocorre com mais frequência no lobo superficial da glândula parótida, onde as células mioepiteliais são mais frequentes. Nesta localização os diagnósticos diferencias são o adenoma pleomórfico, e o tumor de Warthin. Quando ocorre noutros locais da mucosa oral a localização preferencial é o palato. A sua ocorrência na gengiva é tão rara que a clínica nunca contempla os tumores das glândulas salivares sendo o diagnóstico uma surpresa identificável apenas por histopatologia. A histogénese tem origem nas células mioepiteliais e ocorrer em três formas histológicas. A mais comum é a de células esguias, a forma de plasmocitoma predomina no palato, e a terceira forma é uma mistura de plasmocitoma e de células esguias. Estes tumores fazem parte do grupo dos tumores pleomórficos das glândulas salivares. Neste tumor não foi feita a exérese com margens de segurança pois não havia a mais remota suspeita de se tratar de um tumor de glândulas salivares que requereria margens de 0,5cm. A curto prazo pretendemos caracterizar o tumor com imunohistiquímica e a doente deverá ser vigiada e se necessário será executada nova exérese com margens de segurança adequadas.

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