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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial I-78. Comparação da avaliação estética facial entre leigos, estudantes e mÃ...
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e34-e35 (October 2013)
Vol. 54. Issue S1.
Pages e34-e35 (October 2013)
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I-78. Comparação da avaliação estética facial entre leigos, estudantes e médicos dentistas
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Sofia Macedo
, Armandino Alves, Cláudia Pinto, Alexandra Reis, Katia Ramos
Universidade Católica Portuguesa (UCP)
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Objetivos: A estética facial é um fator preponderante no diagnóstico ortodôntico. No entanto, é difícil definir o objetivo do tratamento com base apenas no perfil estético, visto que não existe apenas um perfil facial considerado por toda a população como esteticamente atrativo, pois cada indivíduo tem o seu próprio conceito de beleza, que se relaciona com diversos fatores. Como tal, desenvolvemos um estudo observacional transversal, com o intuito de obter dados específicos e atualizados, referentes à atratividade facial de indivíduos caucasianos de nacionalidade portuguesa. Pretende-se avaliar a perceção de atratividade facial em fotografias de um indivíduo do género masculino e outro do género feminino, para produzir aumento ou diminuição da proeminência mandibular, assimetria facial, perfil labial e altura facial inferior, e determinar o limiar em que se tornam clinicamente significativos e esteticamente relevantes nos diferentes grupos em estudo.

Materiais e métodos: Procedeu-se à manipulação de fotografias de um indivíduo do género masculino e um do género feminino, considerados esteticamente normais segundo os padrões correntes, alterando as características em estudo em incrementos de 4mm, de -12mm a 12mm, com o intuito de criar um álbum com as fotografias organizadas aleatoriamente, que foi distribuído a 30 médicos dentistas, 30 estudantes de Medicina Dentária do 5° ano da Universidade Católica Portuguesa e 30 leigos, que avaliaram cada fotografia em termos de atratividade facial numa escala visual analógica de 100mm.

Resultados: Verificámos que as características que mais afetaram a avaliação de estética facial foram a proeminência mandibular e o perfil labial, e que o perfil facial escolhido como o mais atrativo foi o perfil padrão para todos os grupos, sendo que a protrusão mandibular severa, a retrusão labial severa, a altura facial inferior diminuída extrema e a assimetria facial severa foram considerados como menos atrativas. Verificou-se que os leigos atribuíram classificações mais elevadas às diferentes fotografias, sendo assim menos críticos que os estudantes e profissionais de Medicina Dentária.

Conclusões: A estética facial é um fator que interfere com a autoestima do paciente, acarretando implicações a vários níveis, sendo de grande interesse para o médico dentista comparar os critérios de avaliação da atratividade facial, permitindo uma melhor satisfação por parte do paciente, no que toca aos ideais do tratamento ortodôntico.

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