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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial I-73. Posição espacial dos côndilos durante a contenção ortodôntica com um...
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e32-e33 (October 2013)
Vol. 54. Issue S1.
Pages e32-e33 (October 2013)
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I-73. Posição espacial dos côndilos durante a contenção ortodôntica com uma placa termoformada
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Sílvia Manuela Oliveira Santos
, João Carlos Pinho, Adriano Sousa, Diogo Ribeiro, Luis Reis
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP)
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Objetivos: Avaliar se existe alteração da posição espacial dos côndilos durante a contenção ortodôntica com uma placa termoformada de um milímetro de espessura.

Materiais e métodos: Este estudo incluiu um total de 30 participantes, com uma média de idades de 22,97 anos±1,016 anos. Dezassete indivíduos eram do sexo feminimo (57% da amostra) e treze do sexo masculino (43% da amostra). Os critérios de inclusão foram: indivíduos assintomáticos para distúrbios temporomandibulares e com dentição completa. Nesse sentido, foi realizado um exame extra e intra-oral a cada participante, seguindo a metodologia Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). Na etapa seguinte, realizaram-se impressões em alginato, das arcadas do maxilar inferior e superior, a partir dos quais se obtiveram os modelos de gesso para confeção das placas termoformadas de um milímetro de espessura, bem como a clutch individualizada. Realizou-se o EPA Test, com o ARCUS®digma, da KaVo, Alemanha, em duas posições distintas: em intercuspidação e em contato oclusal com a placa interposta entre as arcadas. Iniciou-se o protocolo com a adesão da clutch aos dentes mandibulares, com a utilização de resina Structur 2 SC, Voco. De seguida colocou-se o arco facial e os sensores nos locais respetivos. Todos os registos foram efetuados com os voluntários sentados numa cadeira na posição vertical, com a parte posterior da cadeira formando um ângulo de 90 graus com o solo. A cabeça do participante foi posicionada de acordo com o plano de Frankfurt. Foram efetuadas e registadas três medições para posição pretendida. A primeira posição dos côndilos em intercuspidação máxima serviu como a posição de referência.

Resultados: Com o uso da placa registou-se, em média, um deslocamento do côndilo direito de 3,720mm e do esquerdo de 3,831mm, na intercuspidação máxima.

Conclusões: Com o uso de placa termoformada existe alteração da posição dos côndilos, quando avaliada a intercuspidação máxima com e sem placa. Verificou-se, em média, a existência de alteração da posição do côndilo direito de 3,720mm e do esquerdo de 3,831mm. Estas discrepâncias apontam para uma possível alteração da biomecânica das articulações temporomandibulares. Assim, o uso da placa termoformada, como opção terapêutica para contenção ortodôntica, deve ser criteriosamente avaliada pelo ortodontista, porque poderá ser um fator predisponente de distúrbios temporomandibulares.

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