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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial I-41. CONHECIMENTOS DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO SOBRE TRAUMATISMOS DENTÁR...
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Vol. 53. Issue S1.
Pages e16 (January 2012)
XXXII CONGRESSO ANUAL DA SPEMDLISBOA, 12 e 13 de outubro de 2012POSTERS DE INVESTIGAÇÃO
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I-41. CONHECIMENTOS DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO SOBRE TRAUMATISMOS DENTÁRIOS
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Estudo Piloto Catia Carvalho Silva, Maria de Lurdes Lobo Pereira
FMDUP – Faculdade de Medicina Dentária da Universida de do Porto
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Objetivos: Avaliar o nível de conhecimentos dos professores do ensino básico sobre as atitudes imediatas face a uma situação de traumatismo dentário no contexto escolar.

Materiais e métodos: Foi aplicado um questionário aos docentes da Escola EB1 Augusto Lessa, Porto. O questionário era constituído por 16 questões de escolha múltipla, divido em duas secções, a primeira referente às características demográficas dos docentes e a segunda, com questões que pretendiam avaliar o conhecimento destes profissionais face à ocorrência de um traumatismo dentário, quais as atitudes imediatas que tomariam, assim como, se achavam pertinente a aquisição de conhecimentos nesta área. Após a aplicação dos questionários foi realizada uma ação de sensibilização. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente com recurso ao SPSS versão 19.0.

Resultados: Neste trabalho foi obtido um total de 16 questionários provenientes de uma população cujos participantes eram maioritariamente do sexo feminino (68,8%) e com idades entre os 35 e os 45 anos (50%), predominantemente licenciados (75%) e maioritariamente com experiência profissional entre os 10–15 anos (50%). Os professores quando questionados sobre a utilidade de um fragmento dentário após uma fratura parcial de um dente anterior 68,8% responderam que o remanescente dentário não teria qualquer utilidade. Já numa situação de avulsão dentária 13 professores (81,3%) rejeitam a possibilidade do reposicionamento dentário. Adicionalmente, sobre o meio de transporte ideal do dente avulsionado até ao consultório dentário, 9 professores responderam não saber como transportar adequadamente a peça dentária. Por outro lado, quando inquiridos sobre a necessidade de formação na área do trauma dentário a resposta foi unânime tendo 87,5% respondido positivamente.

Conclusões: A maioria dos traumatismos dentários ocorre no espaço escolar, sendo por esse motivo importante que os responsáveis neste âmbito, sintam-se confiantes e habilitados a prestarem os cuidados imediatos necessários. Apesar das limitações deste estudo denota-se a existência de um baixo nível de conhecimentos por parte destes profissionais sobre a temática abordada, verificando-se que a maioria dos docentes não está habilitada para gerirem adequadamente uma situação de traumatismo dentário. Neste sentido são necessárias estratégias que promovam o conhecimento dos professores, quer seja através de ações de sensibilização que promovem o fluxo de informação entre a comunidade científica e a comunidade educativa, quer seja através de panfletos, posters ou mesmo com a inclusão deste tema no percurso académico dos professores. Estudos futuros, com um tamanho amostral maior, que abordem esta temática devem ser realizados de modo a sustentarem os resultados deste estudo-piloto.

Copyright © 2012. Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária
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