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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-6. COLOCAÇÃO DE IMPLANTE SOBRE OSTEOMA A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
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Vol. 53. Issue S1.
Pages e20 (January 2012)
XXXII CONGRESSO ANUAL DA SPEMDLISBOA, 12 e 13 de outubro de 2012POSTERS CLÍNICOS
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C-6. COLOCAÇÃO DE IMPLANTE SOBRE OSTEOMA A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
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Armando Lopes, Bernardo Romão Sousa, André Costa, Joao Pedro Martins
MALO CLINICS Porto / MALO CLINIC Lisboa
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Paciente observada em Abril 2011, sendo a queixa principal a ausência do dente #37. Pretendia realizar a substituição através de implante osteo-integrado. O exame clínico intra-oral revelou um aumento de volume da mandíbula por vestibular em relação com o dente #36 estendendo-se para distal, totalmente assintomático. À palpação, apresentava-se dura, sem flutuação; mucosa oral sem alterações. Foram efectuados testes de vitalidade no dente #36: teste ao frio: 3 seg., intensidade normal; teste de percussão: sem alterações. A ortopantomografia revelou uma imagem radiopaca em relação com as raízes do dente #36. A lesão apresentava-se bem delimitada, com cerca de 11 × 10 mm, com conteúdo homogéneo radiopaco. Não se observava envolvimento do canal dentário. A tomografia computorizada mostrou uma lesão expansiva, com pequena zona de comprometimento da cortical vestibular e integridade mantida da cortical lingual, de limites bem definidos e contorno regular. Não se verificava deslocamento ou reabsorção radicular. Efectuou-se cirurgia no 3° quadrante, com colocação de implante osteo-integrado na posição #37 (Nobel Speedy Groovy, RP, 10mm, pilar de cicatrização 3mm) e biópsia incisional da lesão óssea. A amostra foi enviado para análise histopatológica, que revelou formação de osso lamelar denso e maduro, parcialmente rodeada por osteoblastos. Não se observou pleomorfismo nuclear, produção de tecido cartilagíneo ou qualquer nível de malignidade. O diagnóstico histológico foi de “lesão óssea com características de osteoma”. Pós-operatório sem complicações. A presença da lesão no 3° quadrante não impediu a colocação de implante na região edêntula. Seguiram-se observações com uma frequência de 6 meses, onde se efectuou higiene na zona reabilitada, controlo clínico ao implante e coroa implanto-suportada, sondagem e controlo radiográfico. Os osteomas podem ser confundidos radiograficamente com odontomas ou osteomielite esclerótica. Para o seu diagnóstico definitivo, a sua história de crescimento uniforme deve ser demonstrada. Os osteomas também devem ser diferenciados de exostoses da mandíbula e lesões de desenvolvimento reactivo, que não são consideradas verdadeiras neoplasias. O tratamento recomendado para este tipo de lesões é frequentemente a excisão total, o que neste caso, comprometeria o dente #36. Em lesões assintomáticas e de pequena dimensão, está indicada a observação periódica e controlo radiográfico, mesmo na ausência de sintomas.

Copyright © 2012. Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária
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