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The Brazilian Journal of Infectious Diseases - Educação Médica Continuada
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Vol. 2. Núm. 1.
Páginas 1 (febrero 2016)
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Terapia antirretroviral atual: tendências e desafios
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Carlos Britesa
a Editor-chefe The Brazilian Journal of Infectious Diseases (BJID)
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Com esta edição, o BJID retoma a publicação de suplementos especiais voltados à educação médica continuada (EMC), a exemplo do que fizemos em anos anteriores. O objetivo destes suplementos é trazer uma visão atual de temas relevantes para a prática da infectologia no Brasil, permitindo o acesso ao que existe de mais recente nesta área. Em 2016, está programada a publicação de seis edições BJID-EMC, com foco na atualização no manejo da infecção pelo HIV-1. Temas como simplificação da terapia antirretroviral (TARV), avanços na prevenção da infecção pelo HIV-1 e resumos dos principais congressos sobre HIV-AIDS serão abordados por especialistas nacionais, de modo a oferecer ao leitor a atualização nesse campo, o que é absolutamente necessário, devido à rapidez com que ocorrem mudanças nas condutas rotineiras, exigindo do profissional que lida com HIV-AIDS uma permanente reciclagem de conhecimentos.

Como o foco das edições EMC é a educação, e seu público-alvo, o especialista brasileiro, os suplementos serão publicados apenas em português. Além disso, uma vez que são revisões efetuadas a convite do editor de cada suplemento, não haverá necessidade de revisão pelos pares, e o conteúdo não será indexado em bases de dados. Os suplementos EMC serão patrocinados pelo laboratório Glaxo Smith-Kline (GSK), o qual poderá sugerir temas específicos para as edições, mas o conteúdo científico será de responsabilidade do editor, sem interferência direta dos patrocinadores. Além de contribuir para a sustentabilidade do BJID, a iniciativa servirá para manter nossos profissionais atualizados sobre o que ocorre de mais recente e relevante nessa área.

Para o suplemento 1, foram escolhidos quatro temas: as dras. Monica Gomes, do Hospital de Clínicas de Curitiba (UFPR), e Mônica Jacques, da UNICAMP, tiveram a incumbência de revisar as apresentações ocorridas no último congresso da European AIDS Clinical Society (EACS), ocorrido em Barcelona, em outubro de 2015. Seus artigos foram focados nos aspectos mais relevantes das apresentações, com destaque para os testes com novas drogas, já disponíveis no comércio (como Dolutegravir e Tenofovir Alafenamida – TAF), ou ainda no pipeline, como os inibidores de maturação de segunda geração. Os dados do estudo START foram revisados, com especial ênfase no risco de complicações não infecciosas, além de outros temas atuais.

As recomendações para a terapia antirretroviral atual vêm sofrendo mudanças significativas nos últimos anos, em decorrência do desenvolvimento de novas drogas e de avanços na compreensão de efeitos adversos em longo prazo, além do papel dos ARV mais antigos na gênese destes processos. Os inibidores da integrase (INI) vêm assumindo posição de destaque no arsenal terapêutico, tanto na terapia inicial como na de resgate. Não por acaso, as drogas desta classe são recomendadas para início de terapia nos principais consensos internacionais, além de exercer um importante papel na terapia de resgate.

No Brasil, o Raltegravir e o Dolutegravir já fazem parte da lista de medicamentos fornecidos pelo Departamento Nacional de DST-AIDS e hepatites virais como drogas para resgate de pacientes multifalhados. O artigo de autoria do dr. Estevão Nunes, do IPEC, revisa um estudo importante, de publicação recente (estudo SAILING), que compara a utilização de Dolutegravir vs. Raltegravir, na terapia de resgate de pacientes sem utilização prévia de INI.

Finalmente, ficou sob minha responsabilidade uma revisão sobre as estratégias atuais de troca de drogas específicas dos esquemas ARV, seja com o objetivo de simplificação da terapia, seja para minimizar ou eliminar eventuais efeitos adversos secundários ao uso de determinados ARV. Embora esta abordagem venha sendo testada desde o início da era HAART, a disponibilidade de múltiplas drogas/classes permitiu a avaliação de inovações significativas nesta prática, com esquemas cada vez mais individualizados, permitindo ao infectologista uma ampla possibilidade de escolha da terapia mais adequada ao perfil de seus pacientes.

Nas próximas edições, pretendemos abordar outros temas de interesse e atualidade indiscutíveis, e esperamos que esta iniciativa contribua para o aprimoramento da atenção ao paciente vivendo com HIV-AIDS em nosso meio.

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