Buscar en
Reprodução & Climatério
Toda la web
Inicio Reprodução & Climatério Prevalência e práticas preventivas em infertilidade entre mulheres atendidas e...
Información de la revista
Vol. 28. Núm. 2.
Páginas 57-60 (Mayo - Agosto 2013)
Compartir
Compartir
Descargar PDF
Más opciones de artículo
Visitas
2561
Vol. 28. Núm. 2.
Páginas 57-60 (Mayo - Agosto 2013)
Artigo original
Open Access
Prevalência e práticas preventivas em infertilidade entre mulheres atendidas em um serviço público de saúde
Prevalence and preventive practices in infertility among women attending a public health service
Visitas
2561
Matheus de Aquino Moreira Guimarães
Autor para correspondencia
matheusdeaquino@hotmail.com

Autor para correspondência.
, Anne Elise Alexandre, José Augusto Assumpção Crespo Ribeiro
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil
Este artículo ha recibido

Under a Creative Commons license
Información del artículo
Resumen
Texto completo
Bibliografía
Descargar PDF
Estadísticas
Tablas (1)
Tabela 1. Prevalência de conhecimento e práticas de medidas que interferem sobre a fertilidade entre 134 mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia da Universidade Federal de Pelotas, 2011
Resumo
Objetivo

O estudo foi feito a fim de avaliar o conhecimento e a prática de medidas preventivas em infertilidade.

Método

Durante um mês foi aplicado um questionário às pacientes que frequentam o Ambulatório de Ginecologia da Universidade Federal de Pelotas, de modo consentido e sem se identificar, com perguntas relacionadas à prevenção de infertilidade.

Resultados

Os resultados mostram que entre 134 mulheres entrevistadas, 68% nunca se preocuparam com não conseguir ter filhos, 62% responderam saber da existência de medidas que podem prevenir a infertilidade, 49% são sedentárias, 72% fazem uso de preservativos, 36% fumam, 84% evitam ingesta de bebida alcoólica em excesso, 94% não fazem uso de drogas ilícitas, 61% controlam o peso, 77% pensam em ter filhos antes dos 35 anos e 87% consultam regularmente um ginecologista.

Conclusão

O índice de apenas 32% das mulheres entrevistadas que se preocupam com não conseguir ter filhos revela a falta de conhecimentos sobre o problema. Embora 62% delas referiram ter conhecimento de medidas que podem prevenir a infertilidade, acredita-se que esse percentual seja menor na população em geral.

Palavras-chave:
Infertilidade
Reprodução humana
Prevenção
Abstract
Objective

This study was conducted to assess the knowledge and practice of preventive measures in infertility.

Methods

For one month a questionnaire was administered to patients who attend the Gynecology, Federal University of Pelotas, so consented and without identifying themselves, with questions related to prevention of infertility.

Results

The results show that among 134 women interviewed, 68% never bothered to not be able to have children, 62% said they knew about the measures that can prevent infertility, 49% is sedentary, 72% makes use of condoms, 36% smoke, 84% avoid ingestion of alcohol in excess, 94% did not use illegal drugs, 61% controls weight, 77% think having children before 35 years and 87% of the group regularly consults a gynecologist.

Conclusion

Since only 32% of women are concerned with can’t have children, reveals a lack of knowledge about the problem. Although 62% of them reported that he is aware of measures which can prevent infertility, it is believed that this percentage is smaller in the general population.

Keywords:
Infertility
Human reproduction
Prevention
Texto completo
Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define infertilidade como sendo a ausência de gravidez após um ano de relações sexuais regulares sem uso de contracepção. Cerca de 10% a 15% dos casais de todo o mundo apresentam infertilidade.1 Estima-se que a prevalência de infertilidade irá aumentar nos próximos anos, visto que fatores como o consumo de álcool e tabaco, o sedentarismo, a obesidade, a poluição e as doenças sexualmente transmissíveis (DST), que interferem negativamente na fertilidade feminina e masculina, estão cada vez mais presentes. Acrescenta-se o fato de as mulheres adiarem a maternidade para assumir posições marcantes no mercado de trabalho e na carreira profissional.2 Nos EUA, o número total de mulheres inférteis, que era de 6,3 milhões em 2000, passará a 7,7 milhões em 2025.3

Na infertilidade conjugal os custos de investigação e, principalmente, de tratamento se mantêm muito altos, permanecendo algumas formas de terapêutica restritas à população de maior poder socioeconômico. Entretanto, vários fatores de risco são mais prevalentes em população de baixa renda,2 evidenciando a necessidade de prevenção. Algumas medidas de orientação e prevenção de infertilidade podem ser eficazes e são, ainda, a forma mais barata, segura e prática de minimizar o problema.

O presente estudo tem por objetivo verificar o conhecimento e a prática de medidas que estão relacionadas à prevenção da infertilidade humana em um grupo de mulheres que frequenta um ambulatório de ginecologia geral.

Método

A presente pesquisa foi feita com mulheres que frequentam o Ambulatório de Ginecologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O estudo teve delineamento transversal. O único critério de exclusão adotado foi a feitura prévia de laqueadura. A coleta de dados ocorreu durante o mês de setembro de 2011, totalizando 149 mulheres, com idades que variaram de 13 a 35 anos. Foi proposto às pacientes responder um questionário, de modo consentido e sem se identificar, com perguntas relacionadas à prevenção de infertilidade. Entre essas, 15 mulheres (10%) responderam menos de 80% do questionário e foram consideradas perdas. Portanto, no fim foram avaliadas informações de 134 mulheres.

O questionário aplicado foi desenvolvido pesquisando o conhecimento e a prática das medidas que podem prevenir infertilidade, incluindo uso de preservativos, prática de exercícios físicos, controle de peso, evitar fumo, álcool e drogas, consultar regularmente o ginecologista e a intenção de ter filhos antes dos 35 anos. O estudo é parte do Projeto de Pesquisa “Ambulatório de Fertilidade” da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel, submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa e aprovado.

Resultados

A média de idade das mulheres que participaram da pesquisa foi de 23,6 anos, com variações de 13 a 35 anos. Nesse grupo, 68% das mulheres nunca se preocuparam em não conseguir ter filhos, 62% responderam saber da existência de medidas que podem prevenir a infertilidade e 37% não tinham esse conhecimento.

Com relação à prática de exercícios físicos, 49% das mulheres não o fazem regularmente. Quanto ao uso de preservativos, 72% delas responderam que fazem uso desse método de barreira. Foi constatado, também, que 36% fumam, 84% evitam ingerir bebidas alcoólicas em excesso e que 94% não fazem uso de drogas ilícitas. A respeito de controle de peso, foi verificado que 61% das mulheres têm esse hábito e 38% não. Entre esse grupo de mulheres, 77% pensam em ter filhos antes dos 35 anos, 21% não pensam nessa possibilidade e 2% não responderam. Por fim, observou-se que 87% do grupo consultam regularmente um ginecologista, enquanto que 13% não o fazem (tabela 1).

Tabela 1.

Prevalência de conhecimento e práticas de medidas que interferem sobre a fertilidade entre 134 mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia da Universidade Federal de Pelotas, 2011

Variáveis  SimNãoSem Resposta
 
Preocupação com não conseguir ter filhos  43  32,1  91  67,9 
Conhecimento de medidas de prevenção da infertilidade  83  61,9  50  37,3  0,7 
Prática de exercícios físicos  63  47,0  66  49,2  3,7 
Uso de preservativo  97  72,3  33  24,6  2,9 
Tabagismo  48  35,8  85  63,4  0,7 
Ingestão de bebida alcoólica em excesso  20  14,9  113  84,3  0,7 
Uso de drogas ilícitas  5,2  126  94,0  0,7 
Controle de peso  82  61,1  51  38,0  0,7 
Desejo de ter filhos antes dos 35 anos  103  76,8  28  20,8  2,3 
Consultas regulares com ginecologista  117  87,3  17  12,6 
Discussão

O Ambulatório de Ginecologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) assiste mulheres da cidade de Pelotas e região com baixa condição socioeconômica. Quando perguntadas a respeito da preocupação com o fato de não conseguirem ter filhos, apenas 32% das mulheres responderam que se preocupam. Isso revela que existe falta de conhecimento sobre o problema e que em muitos casos não será de simples solução.

Embora 62% dessas mulheres relatem ter conhecimento da existência de medidas que podem prevenir a infertilidade, acredita-se que esse percentual seja menor na população em geral e, para que houvesse repercussão desse conhecimento, uma parcela significativa da população deveria tê-lo. Sendo assim, seria interessante que houvesse mais ações governamentais que promovessem a saúde reprodutiva.

O consumo de álcool, tabaco e outras drogas, além de causar problemas sociais, pode interferir na capacidade reprodutiva, tanto masculina quanto feminina, por causar alterações na contagem e na motilidade espermática, mudanças nos níveis hormonais, diminuir a libido, aumentar o risco de abortamento ou estar relacionado com comportamento sexual de risco, levando à DST.1,2,4,5 Por exemplo, a fertilidade é reduzida em 25% nas mulheres que fumam até 20 cigarros ao dia e em 43% naquelas que fumam mais de 20 cigarros, indicando que o declínio da fertilidade tem relação direta com a dose de nicotina.6

Estima-se que no Brasil, de acordo com uma pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Informações e Drogas Psicoativas (Cebrid), 12,3% da população brasileira entre 12 e 65 anos podem ser considerados alcoólatras.7 Em nosso estudo foi encontrado um valor de 15%.

Com relação ao uso de drogas ilícitas, é difícil estimar a prevalência por causa da própria ilegalidade. Não obstante, o Escritório da Organização das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes (Undoc) afirmou, em um relatório publicado em 2008, que o total de usuários não excede 5% da população com idade entre 15 e 64 anos e que a parcela daqueles que podem ser considerados dependentes fica abaixo de 0,6%.7 Portanto, a prevalência de uso de drogas de 5% no grupo de mulheres analisado se mostrou no limite do esperado pelo relatório publicado pela ONU. Em 2011, um estudo feito em Pelotas evidenciou que 18,4% das mulheres com 20 anos ou mais são tabagistas, resultado bem inferior aos 36% encontrados nesta pesquisa.8

O sedentarismo e a obesidade podem acarretar alterações no metabolismo de esteroides e prejudicar a função ovulatória. A prática de exercícios e a redução do peso em obesos são medidas que, além de promover regularização daquelas alterações, cursam com reduções da glicemia, dos andrógenos séricos e da resistência à insulina, alteração relacionada com a Síndrome de Ovários Policísticos, melhorando a qualidade de vida e diminuindo o risco de morbidades.9,10

Do grupo de mulheres entrevistadas, 38% não têm preocupação com o controle de peso. Um estudo feito em 2000 com a finalidade de medir a prevalência de obesidade na população adulta em Pelotas evidenciou que 13,2% e 16,7% das pessoas entre 20 e 29 anos e 30 e 39 anos, respectivamente, eram obesas.11 Quanto à prática de exercícios, metade das mulheres deste estudo não o faz. Em Pelotas, a prevalência de atividade física insuficiente encontrada por Hallal et al. foi de 41,1%.12

Sabe-se, também, que as DSTs têm grande peso na infertilidade. Por serem doenças de difícil detecção e, muitas vezes, apresentarem-se de forma assintomática, podem acarretar sérias complicações para a infertilidade.13 Dessa forma, o uso de preservativo, se possível em todas as relações, além de exercer ação no planejamento familiar, atua na prevenção das DSTs, que podem afetar a fertilidade feminina e masculina.

Neste estudo, 72% das mulheres relataram fazer uso de preservativos. Estudo feito em 2003, em São Leopoldo (RS), mostrou que apenas 29,1% das mulheres entrevistadas que mantinham relações sexuais faziam uso de preservativos.14 Em Pelotas, no ano de 2002, uma pesquisa com mulheres de 15 a 49 anos concluiu que 72% não haviam usado preservativo em sua última relação sexual.15 Outro estudo epidemiológico envolvendo escolares no município de 14 a 19 anos mostrou que 64% dos jovens do sexo masculino e 42% das jovens do sexo feminino usaram preservativos na última relação sexual.16

Outra variável relevante e de extrema importância que contribui para a fertilidade é a idade materna. Estudos mostram que com o passar dos anos o declínio hormonal e físico proporciona dificuldades na reprodução, principalmente para o sexo feminino.1,2,6 Aguardar para ter filhos após os 35 anos é algo que pode ser arriscado, visto que a partir dessa idade a reserva ovariana começa a diminuir e a qualidade oocitária fica comprometida.

No presente estudo constatou-se que 77% das mulheres desejam ter filhos antes de atingir os 35 anos. Entretanto, 21% do grupo afirmaram não ter vontade de ter filhos antes dessa idade. Hoje em dia, adiar a maternidade é algo comum, para alcançar primeiro a estabilidade econômica e profissional ou até mesmo a maturidade emocional. Outra situação é a vontade de ter filhos em um segundo casamento.

A frequência de consultas com ginecologista também tem impacto sobre a fertilidade. Ter o hábito de consultar no mínimo a cada três anos, como orienta o Ministério da Saúde,17 ou anualmente, como é recomendado por outros serviços, incluindo o Ambulatório de Ginecologia da UFPel, pode reduzir as chances de uma doença silenciosa e, consequentemente, evitar danos à fertilidade.

Nesta amostra foi verificado que 87% das mulheres consultam regularmente um ginecologista. Se comparado com o valor publicado pelo Ministério da Saúde, de 2008, em que 83,3% da população feminina relataram ter feito exame ginecológico nos últimos três anos,18 ainda assim é insuficiente para prevenção e diagnóstico de muitas doenças.

Conclusão

O fato de apenas 32% das mulheres entrevistadas neste estudo se preocuparem com não conseguir ter filhos revela a falta de conhecimentos sobre o problema. Embora 62% tenham conhecimento de medidas que podem prevenir a infertilidade, acredita-se que esse percentual seja ainda menor na população em geral. Isso justifica a necessidade de campanhas que esclareçam essa situação e incentivem as medidas de prevenção da infertilidade humana.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Referências
[1]
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana.
Aspectos epidemiológicos de infertilidade conjugal, pp. 1-3
[2]
Remoaldo PCA, Machado HCF. A infertilidade no Concelho de Guimarães: contributos para o bem-estar familiar [citado 27 dez 2011]. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5195/1/ARTIGO%5B1%5D. Inf.VCongres.FINAL.pdf
[3]
Silva V, Gonçalves S, Carvalho JLS. Análise económica dos custos da gestação múltipla consequente aos tratamentos de infertilidade com estimulação ovárica [citado 27 dez 2011]. Disponível em: http://es2005.fe.uc.pt/files/resumos/orais/tc_co26.pdf
[4]
V. Paiva, G. Calazans, G. Venturi, R. Dias.
Idade e uso de preservativo na iniciação sexual de adolescentes brasileiros.
Rev Saúde Pública, 42 (2008), pp. 45-53
[5]
F.F. Pasqualotto, A.M. Lucon, B.P. Sobreiro, E.B. Pasqualotto, S. Arap.
Efeitos da terapia medicamentosa, álcool, cigarros e substância deletérias para o sistema endócrino na infertilidade masculina.
Rev Hosp Clin, 59 (2004), pp. 375-382
[6]
Lopes JRC, Ferriani RA, Badalotti M, Beck RT, Cequinel MG. Guideline para abordagem da infertilidade conjugal [citado 27 dez 2011]. Disponível em: http://www.sbrh.org.br/guidelines/guideline_pdf/guideline_de_infertilidade_conjugal.pdf
[7]
H. Schwartsman.
Álcool e cigarro matam mais que outras drogas.
Folha de S. Paulo. Seção Saúde, (25 de fevereiro de 2010),
[8]
J.L. Dias-Damé, J.A. Cesar.
Silva SM. Tendência temporal de tabagismo em população urbana: um estudo de base populacional no Sul do Brasil.
Cad Saúde Pública, 27 (2011), pp. 2166-2174
[9]
C.L. Michel, X. Bonnet.
Influence of body condition on reproductive output in the guinea pig.
J Exp Zool A Ecol Genet Physiol, 317 (2012), pp. 24-31
[10]
J.D. Brannian.
Obesity and fertility.
S D Med, 64 (2011), pp. 251-254
[11]
D.P. Gigante, J.S. Dias-da-Costa, M.T.A. Olinto, A.M.B. Menezes, S. Macedo.
Obesidade da população adulta de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, e associação com nível socioeconômico.
Cad Saúde Pública, 22 (2006), pp. 1873-1879
[12]
P.C. Hallal, C.G. Victora, J.C. Wells, R.C. Lima.
Physical inactivity: prevalence and associated variables in Brazilian adults.
Med Sci Sports Exerc, 35 (2003), pp. 1894-1900
[13]
P. Guzatto, J. Scarton, K.J. Anzolch, O.L.M. Oliveira.
Prevalência de Chlamydia trachomatis em pacientes com leucocitospermia.
RBAC, 42 (2010), pp. 205-207
[14]
I. Carreno, J.S.D. Costa.
Uso de preservativos nas relações sexuais: estudo de base populacional.
Rev Saúde Pública, 40 (2006), pp. 720-726
[15]
M.F. Silveira, J.U. Béria, B.L. Horta, E. Tomasi.
Autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e Aids em mulheres.
Rev Saúde Pública, 36 (2002), pp. 670-677
[16]
J. Béria, S. Morris, M.L.V. Carret.
Oliveira OMF. A transa e o uso de camisinha em adolescentes escolares no Sul do Brasil.
Tomo Editorial, (1998), pp. 79-94
[17]
Ministério da Saúde.
Prevenção do câncer de colo do útero.
Manual técnico, Ministério da Saúde, (2002),
[18]
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de D.S.T., Aids e Hepatites Virais. Pesquisa de conhecimento, atitudes e práticas na população brasileira, Brasília; Editora, MS; 2011

Trabalho realizado na Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Copyright © 2013. Sociedade Brasileira de Reprodução Humana
Opciones de artículo
Herramientas