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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial SPODF #8. Tratamento ortodôntico com extração de primeiros molares
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 65 (December 2016)
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SPODF #8. Tratamento ortodôntico com extração de primeiros molares
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Joana Cristina Silva*, Ana Carvalho, Maria Cristina Figueiredo Pollmann, Saúl Castro, Afonso Pinhão Ferreira
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Introdução: O tratamento ortodôntico implica, por vezes, o recurso a extrações dentárias, frequentemente para corrigir uma discrepância dentomaxilar ou para camuflar uma relação sagital intermaxilar incorreta. Habitualmente, os dentes escolhidos são os pré‐molares. Porém, justifica‐se a extração de 1.° molares permanentes em casos de cárie e/ou restaurações extensas, tratamento endodôntico, hipoplasias do esmalte e outras malformações dentárias. Esta opção pode ainda fundamentar‐se no tratamento de mordidas abertas anteriores, na hiperdivergência maxilomandibular e na correção de apinhamento posterior. Outra das potenciais indicações é a correção de más oclusões de classe II com perfil retrusivo, já que tem menos impacto na estética facial do que a extração de pré‐molares superiores. A extração de molares pode também ser considerada, em casos de classes II subdivisão, mas de forma assimétrica.

Descrição do caso clínico: Paciente do género feminino, com 13 anos, compareceu a uma consulta médico dentária para avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico. Do exame clínico destacam‐se uma má oclusão de classe II dentária e esquelética, com um perfil retrusivo e hiperdivergência, e ainda uma sobremordida incisiva horizontal de 8mm e vertical de 2mm e restaurações extensas nos dentes 16, 36 e 46.

Discussão: Após estudo ortodôntico, optou‐se por um tratamento ortodôntico com extração dos 16 e 26 e perda de ancoragem anterior, para reduzir a sobremordida horizontal incisiva; em associação garantiu‐se uma ancoragem máxima posterior, com uma tração extraoral alta e elásticos de classe II.

Conclusões: As características faciais e dentárias da paciente, a destruição dos primeiros molares permanentes e a presença dos gérmenes dos terceiros molares foram pontos‐chave na decisão do plano de tratamento. Este tratamento permitiu um resultado oclusal mais sobreponível à oclusão ideal, na medida em que preservou a esfericidade funcional da oclusão, mantendo todos os incisivos, caninos e pré‐molares e assegurou 4 molares, em cada arcada.

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