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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial I-11. Cárie Precoce da Infância no Distrito de Lisboa
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e5-e6 (October 2013)
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e5-e6 (October 2013)
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I-11. Cárie Precoce da Infância no Distrito de Lisboa
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Sónia Mendes
, Ana Rita Goes, Luísa Barros, Mário Bernardo
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL)
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Objetivos: A Cárie Precoce da Infância (CPI) é um problema de saúde pública que pode ter consequências a nível da saúde e da qualidade de vida da criança, mas também consequências importantes ao nível social e económico das populações. Os dados epidemiológicos da CPI em Portugal são escassos, provenientes de populações restritas e de amostras não representativas. O conhecimento da distribuição e dos determinantes da CPI é importante pela sua relação com a promoção da saúde, para a identificação de indivíduos de risco e para a identificação de necessidades e estratégias de intervenção. Objetivos: a) Determinar a prevalência e gravidade de CPI no Distrito de Lisboa. b) Conhecer os principais fatores relacionados com a CPI na mesma população.

Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal com uma amostra aleatória e representativa da população pré-escolar (3 a 5 anos) do Distrito de Lisboa (n=443). A recolha de dados foi realizada por um questionário de autorrelato aplicado aos pais, validado para português. Foi também realizada uma observação intraoral das crianças, por um examinador experiente e calibrado, seguindo os critérios de diagnóstico de cárie do ICDAS II. A análise descritiva dos dados incluiu o cálculo das frequências de CPI e a média do índice cpod. A análise inferencial foi realizada por regressão logística (alfa=0,05). O estudo foi aprovado pela comissão de ética da FMDUL. A inclusão dos participantes foi voluntária, dependente do consentimento informado dos pais e do assentimento informado das crianças.

Resultados: A prevalência de CPI foi 56,4% (n=250) e o cpod médio foi 2,5 (dp=3,43). O modelo de regressão demonstrou-se significativo (p<0,001). As crianças que iniciaram a escovagem dos dentes antes do primeiro ano de vida tinham menor probabilidade de ter CPI (OR=0,4; IC:0,2-0,8). Por outro lado, verificou-se que os níveis mais altos de colonização de S. mutans na saliva estavam associados a um aumento da probabilidade de ocorrência da doença (OR=5,6; IC:2,3-13,4). As restantes variáveis, relacionadas com fatores sociodemográficos, com as crenças dos pais sobre a CPI e com outros comportamentos de saúde oral, não se demonstraram estatisticamente significativas.

Conclusões: A prevalência e gravidade de CPI podem considerar-se preocupantes na população. A idade de início da escovagem parece ser um fator importante para abordar e incluir nas estratégias de prevenção da CPI na população. A contagem de S. mutans poderá verificar-se interessante na identificação de indivíduos de risco.

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