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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-4. Granuloma de Células Gigantes - a propósito de um caso clínico
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e41 (October 2013)
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e41 (October 2013)
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C-4. Granuloma de Células Gigantes - a propósito de um caso clínico
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Marisa Résio
, Virgínia Fernandes, Joana Xavier, Filipe Coimbra
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP)
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Introdução: O granuloma de células gigantes é uma lesão exofítica que aparece na região da gengiva e rebordo alveolar que se origina a partir do periósteo ou ligamento periodontal. A lesão pode desenvolver-se em qualquer idade, contudo, é mais comum na quinta e sexta década de vida, sendo ligeiramente mais prevalente no sexo feminino. O granuloma de células gigantes é uma entidade clínica cuja origem ainda não está totalmente esclarecida, no entanto pensa-se que a sua etiologia possa estar relacionada com a presença de placa bacteriana, tártaro, trauma constante, extração dentária, prótese dentária, e infecções crónicas. O granuloma de células gigantes pode causar reabsorção do osso e os dentes subjacentes à lesão. Estas lesões não são dolorosas a menos que sejam traumatizadas.

Caso clínico: O paciente FMQLM, sexo masculino, 68 anos de idade, de etnia caucasiana, saudável, compareceu na consulta de Cirurgia e Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, reencaminhado pelo seu Médico Dentista. No exame extraoral verificou-se a presença de uma ligeira tumefação não dolorosa à palpação no 4° quadrante, anterior à região do ângulo da mandíbula. No exame intraoral verificou-se a presença de uma massa hiperplásica e exofítica de aparência multilobulada e não ulcerada. Radiograficamente foi possível verificar uma lesão radiolúcida na mandíbula associada ao dente 47. O tratamento consistiu na exérese da lesão, com margens de segurança, seguido da exodontia do dente 47. Procedeu-se à curetagem da ferida cirúrgica, eliminando o tecido de granulação presente. Por último foi realizada sutura, unindo os bordos da ferida, promovendo uma cicatrização por primeira intenção. A lesão obtida foi enviada para análise histológica.

Discussão e conclusões: No surgimento de uma lesão deste tipo, ao exame clínico, devemos ponderar os diagnósticos diferenciais com lesões de aspeto semelhante, como o fibroma ossificante e o granuloma piogénico. Após a remoção da lesão e do dente, a biópsia segue para análise histológica, sendo esta última a que nos fornece a informação e confirmação do diagnóstico definitivo. Na presença de granuloma de células gigantes devemos considerar como tratamento a sua exérese para solucionar o problema do paciente, tendo em conta o potencial de recidiva, que aumentaria, neste caso, com a permanência do dente 47 em boca e apenas a exérese da lesão.

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