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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 53. Issue 2.
Pages 69-70 (April - June 2012)
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Vol. 53. Issue 2.
Pages 69-70 (April - June 2012)
Editorial
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João Carlos Sampaio Fernandes
Consultor editorial, Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxiloficial
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Estes tempos de dificuldades várias a muitos níveis são também facilitadores de mudanças necessárias.

Um dos aspetos em que essa mudança se torna cada vez mais evidente é a oferta excessiva de ações de formação académica e científica.

Todos os médicos dentistas recebem informação quase diária de cursos e congressos, muitos deles com credenciais científicas recomendáveis, muitos acreditados por organizações como a SPEMD, a Ordem dos Médicos Dentistas, Faculdades de Medicina Dentária ou Sociedades Científicas representando diferentes áreas da saúde oral.

Profissionais de diferentes países têm dado conferências e cursos em Portugal, de forma regular ou esporádica, o que é uma prova do alto nível científico da Medicina Dentária portuguesa.

Acontece, no entanto, que o esforço dos organizadores e das empresas patrocinadoras destes eventos, assim como dos médicos dentistas e estudantes a quem se dirigem, é muitas vezes posto em causa pela escolha de datas e locais, muitas vezes coincidentes ou muito perto umas das outras, o que leva a que seja humanamente impossível comparecer.

Estas situações têm acontecido demasiadas vezes. Ainda não há muitos meses ocorreram 3 cursos na área da Prostodontia no mesmo fim de semana, o que defrauda desnecessariamente todos os envolvidos e não é agradável para os conferencistas convidados.

Devemos perguntar-nos: se todos, ou quase todos, só encontram inconvenientes nesta forma de agir, porque não se chega a um processo organizativo diferente?

Refira-se aqui que a «culpa» é generalizada, e praticamente nenhuma entidade organizadora pode dizer com sinceridade que nunca marcou sessões sem o conhecimento do que já está agendado por outros. Nós próprios, na SPEMD, já o fizemos demasiadas vezes.

A solução do problema não é fácil. Quem tem de marcar as salas e os conferencistas tem de escolher uma data precisa e, muitas vezes, isso é feito com muitos meses de antecedência. Acresce, e isto é para mim fundamental e o cerne da questão, que não há um local ou organização ou comissão que coordene quer as datas já marcadas, quer as agendadas mas ainda não divulgadas, quer as datas que, por uma razão ou outra, estão historicamente definidas.

Não sou da opinião de que no mesmo dia e na mesma cidade não possam ocorrer diferentes reuniões científicas, desde que de diferentes áreas da Medicina Dentária. O país, apesar de pequeno, tem suficientes profissionais com interesses diversificados, que permitam reuniões mesmo da mesma área em diferentes regiões, apesar de ser desejável evitar a coincidência.

Situação diferente é a marcação de cursos nos dias em que ocorram congressos como os da SPEMD, OMD e outros, que englobam diferentes áreas.

Todos sabemos que isto não é novo. O que torna isto atual e urgente são os constrangimentos económicos dos médicos dentistas e, principalmente, das empresas patrocinadoras.

É evidente que as empresas sempre se queixaram de não retirarem os dividendos correspondentes aos eventos em que investem, e que as causas são quase sempre as que acabámos de expor. Sempre lhes tenho dito, quando me pedem opinião, que, na impossibilidade financeira e humana de estar sempre presente, ser gestor da empresa é isso mesmo, estudar o mercado e escolher.

Tenho a certeza de que isto se está a colocar com ainda mais premência.

O meu desejo é que as Faculdades, Sociedades Científicas e organizadores privados de cursos e congressos deixem de considerar que não há lugar para todos se as datas forem concertadas. Sou mesmo da opinião que, em alguns casos, podem e devem ser feitas parcerias organizativas, desde que isso não implique a perda das respetivas identidades.

A minha proposta é que se chegue a acordo para a constituição de uma comissão de datas para eventos de Medicina Dentária.

A SPEMD tem todas as condições para dar um primeiro mas importantíssimo passo neste sentido.

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