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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #058. Deslocamento condilar numa amostra de pacientes de classe II esquelética
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 23-24 (December 2016)
Vol. 57. Issue S1.
Pages 23-24 (December 2016)
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#058. Deslocamento condilar numa amostra de pacientes de classe II esquelética
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Eugénio Martins*, Joana Cristina Silva, Carlos André Pires, Maria João Ponces, Jorge Dias Lopes
FMDUP
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Objetivos: Avaliação do deslocamento condilar da ATM numa população ortodôntica com classe II esquelética.

Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 35 pacientes ortodônticos com registos iniciais completos, incluindo uma montagem de modelos em articulador semiajustável. Critérios de inclusão: classe II esquelética, pacientes com idade igual ou superior a 16 anos, ausência de história de traumatismos faciais, hiperplasias condilares ou intervenções cirúrgicas aos maxilares. Os modelos do paciente, previamente montados em articulador semiajustável, foram transferidos para o indicador de posição condilar (CPI®, Panadent corporation) e o deslocamento condilar entre a posição de relação cêntrica (RC) e a posição de intercuspidação máxima (IM) foi determinado, interpondo a cera de registo de IM entre os modelos e assinalando esta posição nos gráficos do CPI®. Foram registadas a distância em milímetros entre o ponto da posição de IM e o centro do gráfico (representando a RC) nos planos transversal, vertical e sagital. Um deslocamento para a região anterior ou inferior do gráfico foi considerado positivo, enquanto um deslocamento para posterior e superior foi considerado negativo. Considerou‐se como clinicamente significativa uma discrepância RC‐IM igual ou superior a 2mm nos planos vertical e sagital, e igual ou superior a 0,5mm no plano transversal.

Resultados: O valor de deslocamento condilar sagital médio, X, foi clinicamente significativo em apenas 2,9% dos pacientes; já o deslocamento vertical médio, Z, foi clinicamente significativo em 14,3% dos casos. Na análise dos gráficos de dispersão dos desvios sagitais e verticais verificou‐se um deslocamento condilar mais frequente no sentido póstero‐inferior, sendo esta tendência mais notória na articulação esquerda. Já no sentido transversal, verificou‐se que 34,3% dos casos não apresentavam deslocamentos condilares. Nos restantes pacientes, verificou‐se uma percentagem de deslocamento para a direita em 45,7% dos casos contra 20% para a esquerda. Observou‐se a presença de deslocamentos com significância clínica, ou seja, iguais ou superiores a 0,5mm, em 31,4% dos casos.

Conclusões: A análise dos resultados sugere uma prevalência do deslocamento condilar no sentido vertical, sendo o deslocamento mais frequente póstero‐inferior. Já no plano transversal, verificou‐se uma prevalência significativa de deslocamento condilar transversal com significado clínico.

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