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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 15 (December 2016)
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 15 (December 2016)
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#036. Vírus do papiloma humano – diagnóstico e orientação terapêutica descritos num caso clínico
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Lígia Pereira da Silva*, Patrícia Manarte‐Monteiro, Tânia Soares, Sandra Gavinha, Pedro Trancoso
Universidade Fernando Pessoa – Faculdade de Ciências da Saúde (FCS‐UFP)
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Introdução: A infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV) pode ocorrer por transmissão sexual. Este vírus apresenta mais de 200 genótipos identificados e é responsável pelo desenvolvimento de lesões benignas e malignas com incidência elevada, particularmente carcinomas localizados na cabeça e pescoço.

Descrição do caso clínico: Doente do sexo masculino com 75 anos, polimedicado (carvedilol; hyperium; finasterida; lepicortinolo), compareceu na consulta de Medicina Dentária das Clínicas Pedagógicas da Universidade Fernando Pessoa com lesão exofítica e pediculada, indolor, com cerca de 4mm de maior eixo e superfície verrucosa, localizada no trígono retromolar esquerdo, clinicamente compatível com papiloma. Foi aconselhada a exérese da lesão, tendo sido realizada biópsia excisional e análise anatomopatológica da peça. No pós‐operatório, o doente foi medicado com um grama de paracetamol, de 8/8 horas, e desinfeção oral com colutório de clorohexidina. O diagnóstico anatomopatológico revelou papiloma escamoso sem displasia e sem sinais de malignidade, com presença do HPV genótipo 53 («alto risco provável»). O paciente retornou à consulta cerca de um mês após a realização da biópsia sem sinais de recidiva, tendo sido recomendada a monitorização periódica da condição oral do paciente.

Discussão e conclusões: A infeção pelo HPV é muito comum e frequentemente assintomática, devendo os profissionais de saúde oral considerar o potencial oncogénico do vírus, a importância da deteção precoce de lesões na cavidade oral e mediarem a atuação conforme achados clínicos e anatomopatológicos. Considerando o potencial oncogénico, estes vírus podem ser classificados como de alto e de baixo risco, estando ambas as categorias associadas à ocorrência de lesões de patologia oral. Não há cura para a infeção por HPV mas, frequentemente, o sistema imunitário do hospedeiro elimina‐o num período de 2 anos. A interrupção da progressão da patologia pode ser conseguida por diagnóstico clínico precoce e exérese das lesões iniciais decorrentes da infeção, ou por prevenção da transmissão do vírus. Em relação à cavidade oral, não existem estudos direcionados para a prevenção da transmissão do vírus, contudo, ocorre a hipótese da vacinação ser uma opção viável. Mostra‐se necessária a realização de estudos que avaliem a eficácia da imunização do HPV na prevenção de lesões na cavidade oral.

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