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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Issue S1.
Pages 29 (December 2015)
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Vol. 56. Issue S1.
Pages 29 (December 2015)
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# 8. Tratamento ortodôntico‐cirúrgico de um paciente com apneia obstrutiva do sono: caso clínico
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Alexandra Vinagre*, Sandra Ferreira, Júlio Fonseca, Ana Margarida Martins Torres Simões, João Carreiro
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Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crónica de elevada prevalência, caracterizada pelo colapso e consequente obstrução da via aérea superior (VAS) durante o sono, conduzindo a períodos de apneia ou hipopneia. A fragmentação do sono resultante de obstruções repetidas e intermitentes da VAS ocasiona microdespertares noturnos recorrentes, que podem causar alterações sistémicas, funcionais, neurocognitivas e psicossociais, com implicações graves na qualidade de vida de um indivíduo.

Descrição do caso clínico: Paciente (C. J. P. A.) do sexo masculino, 42 anos, com diagnóstico de SAOS (Epworth 15; Polisonografia [PSG]: IAH 24; SpO2 80%). Fez terapêutica com CPAP com uma duração de 2 anos, relatando desconforto e intolerância, pelo que foi proposto tratamento ortodôntico‐cirúrgico (TOC). O paciente enquadra‐se num padrão de classe I esquelética, com biretrusão maxilomandibular e contorno cervicomandibular mal definido. Na telerradiografia de perfil da face observa‐se um estreitamento da VAS, em especial na área da oro e laringofaringe e uma biretrusão incisiva. Após a preparação ortodôntica, que visou aumentar a inclinação dos incisivos superiores e retroinclinar ligeiramente os incisivos inferiores, por forma a aumentar o trespasse horizontal, foi planeada a etapa cirúrgica com avanço maxilomandibular total de 12mm, com desimpactação posterior do maxilar superior de 2mm. Os resultados pós‐cirúrgicos relatados pelo paciente indicaram uma melhoria da qualidade dos índices subjetivos relativos ao período de descanso noturno, deixando de usar o CPAP nesta fase. Após a conclusão do TOC, verificou‐se um bom equilíbrio facial, oclusal e funcional, denotando‐se um aumento volumétrico da via aérea na radiografia de perfil da face. O restabelecimento funcional da VAS e função respiratória foi confirmado pela PSG (IAH 12; SpO2 93%). A consciencialização e aconselhamento sobre medidas comportamentais e higiene do sono foram perentoriamente recomendadas ao paciente.

Discussão e conclusões: A dimensão da hipofaringe está relacionada com o posicionamento e morfologia maxilomandibular, sendo suscetível às alterações espaciais promovidas pela cirurgia ortognática. O tratamento da SAOS por intermédio de um TOC tem evidenciado elevados níveis de sucesso clínico, com uma eficácia terapêutica idêntica ao CPAP. O retorno da qualidade do sono dos pacientes coloca esta abordagem na primeira linha de tratamento para casos de SAOS moderada ou grave.

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