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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 6. Segundo molar inferior com anatomia em C ‐ caso clinico
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e47-e48 (October 2014)
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e47-e48 (October 2014)
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# 6. Segundo molar inferior com anatomia em C ‐ caso clinico
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Valter Fernandes, Diogo Guerreiro, Mário Rito Pereira, Hugo Sousa Dias, Cláudia Cavaco Martins, António Ginjeira
Po¿s‐graduação em Endodontia da Faculdade Medicina Dentária da Universidade de Lisboa
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Introdução: Desde os primeiros trabalhos de Cooke & Cox em 1979 existem várias publicações sobre configurações radiculares em C, com maior incidência nos segundos molares inferiores. Esta é umas das mais frequentes variações anatómicas que consiste numa rede ou istmo que liga os canais ao nível da câmara pulpar e/ou ao longo das raízes, podendo o dente apresentar um único ou vários canais fusionados e outros independentes. Os estudos existentes abordam a etiologia, a epidemiologia e diferentes classificações possíveis. Etiologicamente pode resultar numa falha na fusão da bainha epitelial de Hertwig's ou por coalescência. Estudos apontam para uma frequência 2,7‐8% sendo mais prevalente na população asiática. As classificações como a de Melton em 1991 ou Fan 2004 baseadas em características anatómicas ou radiográficas, ajudam a uma melhor compreensão da variabilidade anatómica. São casos que implicam uma abordagem complexa ao nível da instrumentação, irrigação e obturação.

Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 49 anos, apresentou‐se na consulta com odontalgia no 4° quadrante, devido a uma pulpite irreversível do dente 47 com periodontite apical sintomática. Realizou‐se a remoção da cárie, abertura coronária e detetou‐se a configuração do pavimento da câmara com anatomia em C, Tipo C2, Semi‐Colon um canal independente separado do canal em C. Definido o comprimento de trabalho e estabelecida a via de permeabilidade, os canais foram instrumentados com recurso ao sistema de instrumentação mecânica PROTAPER UNIVERSAL S1 a F3. Dada a anatomia especial das raízes, foi dado especial ênfase à irrigação usando um protocolo de irrigação com NaOCl 5,25% durante a instrumentação, ativado passivamente com lima ultrassónica. No final foi realizado um protocolo de irrigação com NaOCl 5,25% e Ácido Cítrico 10% e Álcool. Usou‐se uma técnica híbrida para obturação, conjugando a técnica de compactação vertical de onda continua com condensação lateral para conseguir preencher a totalidade do canal em C.

Discussão e conclusões: Neste tipo de casos, é fundamental um correto diagnóstico através de radiografias pré‐operatórias e uso de ampliação. Na preparação mecânica, o canal adjacente pode ser preparado com técnicas convencionais de instrumentação, porém elas não garantem a completa remoção dos detritos da porção em C. Assim é necessário recorrer técnicas alternativas com protocolos de irrigação mais alargados de modo a conseguir limpar os istmos e as zonas mais estreitas dos canais. Devem ser usados instrumentos de pequenas dimensões para diminuir o risco de perfurações. Na obturação, o recurso a técnicas termoplásticas puras (técnica de onda contínua) não garante a um selamento eficaz dos canais, sendo importante a combinação de diferentes técnicas para garantir a obturação tridimensional. As variações anatómicas como a apresentada neste caso colocam vários desafios ao médico dentista. Para poder atingir os objetivos do tratamento é fundamental um correto diagnóstico, uso de ampliação e a combinação de diferentes técnicas de obturação.

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