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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e6 (October 2014)
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Vol. 55. Issue S1.
Reuniões e Congressos 2014
Pages e6 (October 2014)
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# 11. Cárie dentária e hábitos alimentares de crianças de ambos os sexos da Guiné‐Bissau
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Carolina Tendeiro‐Cruz*, José Frias‐Bulhosa, Maria‐Raquel G. Silva
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa
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Objetivos: A cárie dentária é uma das mais prevalentes doenças da infância sendo a alimentação importante para a sua prevenção, já que a sua etiologia está relacionada com o metabolismo dos hidratos de carbono por microrganismos orais acidogénicos, podendo esses efeitos serem agravados pela falta de higiene oral. O objectivo deste estudo foi avaliar a cárie dentária e os hábitos alimentares de crianças de ambos os sexos da Guiné‐Bissau.

Materiais e métodos: Foram observadas 655 crianças (8,0±3,5anos; 25,4±10,9kg; 1,24±0,2m; 17,0±24,1kg/m2; 2,2±2,7dentes) da Guiné. Tratou‐se de um estudo transversal, em que os indivíduos foram observados em 3 partes: avaliação oral (índices de cárie de dentes decíduos e permanentes, cpod e CPOd respetivamente), hábitos alimentares (questionário semi‐quantitativo de frequência alimentar) e antropometria (peso e estatura, tendo‐se calculado o IMC). A metodologia adaptada obedeceu aos critérios preconizados pela OMS para realização de estudos epidemiológicos em saúde oral. A análise estatística descritiva e inferencial dos dados recolhidos foi realizada com o auxílio do programa informático SPSS, versão 22.0.

Resultados: Os alimentos mais consumidos foram fruta, arroz e peixe; e os menos consumidos os cereais, gelatina, sumos, ovo, chá e chocolate. Apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre o CPOD geral e o IMC (que vai de encontro com a maioria das publicações em populações pediátricas), observou‐se, surpreendentemente, que o consumo de farinha (p=0,001), arroz (p=0,010) e sumos (0,041) reduziu significativamente a incidência de cárie nos dentes permanentes, e que a ingestão de chocolate (p=0,013), cereais (p=0,041), farinha (p=0,007), legumes (p=0,012), lacticínios (p=0,005), carne (p=0,001), água (p=0,002) e sumos (p=0,039) diminuiu significativamente, a cárie nos dentes decíduos.

Conclusões: Parece‐nos que, mais importante que a frequência do consumo alimentar, é a quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos para justificar os resultados encontrados; que a avaliação do CPOD será menos importante do que avaliar o número de cáries efetivas e a extensão da cárie; que o acesso a cuidados de saúde oral são escassos; não se conseguiu distinguir os dentes que são perdidos por processo de esfoliação natural ou por cárie; e que os dentes obturados foram maioritariamente nulos.

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