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Vol. 12. Issue 3.
Pages 167-168 (September 2016)
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Vol. 12. Issue 3.
Pages 167-168 (September 2016)
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José Daniel Menezes
Presidente da SPACV
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Prezados colegas e consócios,

Quero começar esta 1.ª página editorial para, em meu nome e da direção a que presido, agradecer a confiança que os sócios da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) em nós depositaram, esperando que saibamos dar continuidade ao trabalho efetuado pelos que nos antecederam. Tudo faremos para cumprir o «Plano de Ação» que vos enviámos com a lista de candidatura, o qual, tendo sido por vós sufragado, balizará o nosso desempenho. Embora ambicioso (como penso que deve ser), será exequível com trabalho e dedicação, contanto com a vossa imprescindível colaboração. Queremos assim honrar o passado e, se possível, fortalecer o futuro. Foi pensado para ser levado a cabo nos próximos 4 anos, tantos quantos o mandato do nosso secretário‐geral, planeado em conjunto com o atual vice‐presidente, que não só subscreveu a ideia de continuidade, como o enriqueceu com ideias centrais que o mesmo integra.

Esta direção representa também, desde já e para o futuro próximo, uma importante transformação geracional na condução dos destinos da sociedade, repleta de elementos de grande qualidade e com muito para dar aos doentes, à sociedade, ao país, à Europa e porventura ao mundo, no desenvolvimento e aperfeiçoamento da especialidade. Creio ser mais que uma esperança e, especialmente para os mais velhos, motivo de grande orgulho ter contribuído e poder testemunhar os tempos que aí vêm!

É uma grande honra presidir a uma sociedade pujante, com inegável credibilidade científica, colocada como a representante maior da angiologia e cirurgia vascular portuguesas, interna e externamente.

A ela aderi desde o primeiro momento, quando em 1999 começou a ser pensada por José Fernandes e Fernandes, Joaquim Barbosa e Mário Macedo durante um jantar, passando da ideia à prática, com a formação da «Comissão Instaladora» da qual fizeram parte, para além destes, Roncon de Albuquerque, Mergulhão Mendonça, Barradas do Amaral, Albuquerque de Matos, Pereira Gens, Isabel Cássio, Fernando Oliveira, Manuel Brito e eu. Quis esta comissão, com espírito aberto e democrático, ver representadas todas as «tendências» (chamemos‐lhe assim) então conhecidas dentro da nossa especialidade, tendo conseguido, nas reuniões preparatórias que promoveu, a participação da maioria dos diretores dos serviços vasculares públicos e de muitos outros colegas de inegável prestígio. Quero lembrar, nesta altura, também a «linha crítica» de reduzida expressão, pelo menos de forma explícita, recordando com saudade o já falecido Alexandre Moreira que, de crítico leal e direto e no local próprio, passou a nela participar, arrastando consigo muitos outros. «Quem poderá estar contra a criação de uma SPACV?», comentou comigo na altura um colega de inegável e reconhecido prestígio técnico e científico!... A ideia de unidade era fulcral, mas não sendo possível, não diminuía a vontade que nos animava. Os críticos que vieram a aderir fizeram‐no não só por verificarem a validade do projeto, mas sobretudo porque conseguiram pôr de lado divergências legítimas de índole diversa, até pessoal, concentrando‐se na construção de um bem comum maior, como veículo amplificador de uma monoespecialidade reconhecida pela Ordem dos Médicos desde 1977, tal como já o era na maioria dos países da então Europa dos 15. Contribuíram portanto, à sua maneira, para conseguirmos a concretização de uma sociedade autónoma como ponto de partida de eficácia na divulgação e credibilização da especialidade nacional e internacionalmente.

A comissão terminou o seu trabalho com a aprovação dos estatutos e com a proposta de uma 1.ª direção presidida pelo Prof. Dr. António Braga, então decano dos diretores de serviço de angiologia e cirurgia vascular portugueses, personalidade de grande prestígio, o qual nos honrou ao aceitar o convite. Passados 16 anos, continua presente e ativo na vida associativa, tal como no primeiro momento.

Nunca se pretendeu beliscar as naturais relações com outras sociedades científicas nacionais, especialmente as com conhecimentos científicos semelhantes ou complementares (como, por exemplo, as cardiotorácica e vascular, cardiologia, nefrologia e outras), mas para nós era essencial, tanto na altura como agora, não abdicar da liderança e representatividade, porém reconhecendo que o número de cirurgiões vasculares portugueses, a produção científica e as perspetivas de dificuldades em financiamento aconselhariam a existência de uma única sociedade nos representasse a todos. Veremos o que o futuro nos reserva!

A unidade de todos os que à angiologia se dedicam é para nós importante e por ela iremos lutar, sem cedência aos princípios básicos que levaram ao edifício que construímos. Sabemos que as sociedades científicas, tal como as outras, formam‐se, extinguem‐se ou alteram o seu objetivo não por decreto, mas sim pela vontade dos sócios, mas enquanto existirem deverão ser respeitadas, tanto quanto os colegas e amigos que a elas dão o seu melhor.

Porventura, na vida da SPACV nem tudo se passou de forma exemplar, como teríamos gostado… Existiram altos e baixos, injustiças, incompreensões e até talvez ingratidões, mas o resultado final – o tal bem maior – está aí, à vista de todos!

Da SPACV, fui o 1.° tesoureiro (2000/2004) e o 2.° secretário‐geral (2004/2008). O trabalho que desempenhei em cada um destes cargos, com dedicação e humildade (reconheço‐me mais como trabalhador que desfrutador), poderá ter contribuído para ela ser hoje o que é. Se assim foi, sinto‐me mais que recompensado.

Uma última palavra de grande agradecimento ao João Albuquerque e Castro, anterior presidente, o qual teve a amabilidade de me convidar para seu vice‐presidente, abrindo assim as portas para o lugar que agora ocupo. A nossa amizade já antiga não foi alheia ao convite, mas sendo ele homem de carácter e honestidade inatacáveis, satisfaz‐me pensar que o fez por achar justo. A «justiça» é por vezes subjetiva e a amizade pode influenciá‐la, mas creio que a decisão foi, principalmente, por acreditar que eu estaria à altura do cargo.

Com a vossa ajuda, tudo farei para alcançar os objetivos a que nos propomos.

Um grande abraço a todos e vamos ao trabalho, pois antevêem‐se algumas dificuldades que, tenho a certeza, vamos ultrapassar.

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