TY - JOUR T1 - Esfíncter urinário artificial AMS 800 - análise retrospectiva de seis anos JO - Acta Urológica Portuguesa T2 - AU - Dias,P. AU - Tomada,N. AU - Guimarães,M. AU - Cruz,F. SN - 23414022 M3 - 10.1016/S2341-4022(14)50006-7 DO - 10.1016/S2341-4022(14)50006-7 UR - https://www.elsevier.es/en-revista-acta-urologica-portuguesa-214-articulo-esfincter-urinario-artificial-ams-800-S2341402214500067 AB - Introdução: O esfíncter urinário artificial (EUA) é o tratamento cirúrgico gold standard para incontinência urinária de esforço masculina.Objectivos: Avaliar os resultados da colocação de esfíncteres urinários artificiais AMS 800 no Serviço de Urologia do Centro Hospitalar de São João num período de 6 anos (janeiro 2007/dezembro 2012).Materiais e métodos: 30 doentes do sexo masculino com incontinência urinária (IU), foram submetidos a colocação de EUA AMS 800, com média de idades de 69 anos. 25 doentes tinham incontinência grave e 5 moderada. Relativamente à etiologia: secundária a prostatectomia radical (PR) em 26 doentes; IU mista (PR e hiperactividade do detrusor), 1 doente; prostatectomia por HBP, 1 doente; IU neurogénica em 2. Havia antecedentes de colocação de sling Invance prévio sem sucesso em 9 doentes; antecedentes de radioterapia prévia em 14; antecedentes de uretrotomia interna por estenose da anastomose vesico-uretral em 8. A média de seguimento no pós-operatório foi de 22,1 meses. A média de pensos/dia antes da cirurgia: 5,73.Resultados: 20 doentes (67%) estão totalmente continentes (ausência de protecção); 5 doentes (17%) melhorados ou parcialmente continentes (1-2 pensos/dia ou redução > 50% do número de pensos); 5 doentes (17%) sem melhoria (≥ 3 pensos/dia). Somando os doentes curados e melhorados, obtém-se uma taxa de sucesso global aproximada de 84%. A variação da média de pensos/dia antes e após a cirurgia (respectivamente, 5,7 e 0,8) é estatisticamente significativa (p < 0,05 - teste de Wilcoxon).Antecedentes de sling, radioterapia pélvica adjuvante e estenose da anastomose VU tratada previamente por uretrotomia, não comprometem as taxas de continência.Quanto às complicações, ocorreu falência mecânica num caso (3%), infecção em 3 (10%) e erosão uretral também em 3 (10%). A taxa de re-operação (revisão ou remoção do EUA) foi de 23%.Conclusões: O EUA é um tratamento eficaz na IUE masculina moderada a grave. As nossas taxas de sucesso e complicações são consistentes com as da literatura. Tem relevante taxa de sucesso em grupos peculiares: antecedentes de sling, RT e estenose da anastomose VU tratada previamente por uretrotomia. As principais limitações continuam a ser: a necessidade do doente ter destreza manual e nível cognitivo satisfatório para lidar com os esfíncter; apresentar uma taxa não desprezível de re-intervenção devido a complicações mecânicas e não mecânicas.© 2014 Associação Portuguesa de Urologia. Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos os direitos reservados. ER -