TY - JOUR T1 - Impacto da insuficiência renal no prognóstico dos doentes submetidos a reparação de aneurisma da aorta abdominal – Cirurgia convencional vs. Tratamento Endovascular do Aneurisma da Aorta JO - Angiologia e Cirurgia Vascular T2 - AU - Abreu,Rodolfo AU - Monteiro e Castro,João AU - Bastos Gonçalves,Frederico AU - Rodrigues,Gonçalo AU - Quintas,Anita AU - Ferreira,Rita AU - Camacho,Nelson AU - Ferreira,Maria Emília AU - Albuquerque e Castro,João AU - Mota Capitão,Luís SN - 1646706X M3 - 10.1016/j.ancv.2016.01.008 DO - 10.1016/j.ancv.2016.01.008 UR - https://www.elsevier.es/en-revista-angiologia-e-cirurgia-vascular-388-articulo-impacto-da-insuficiencia-renal-no-S1646706X16000094 AB - IntroduçãoA correção cirúrgica do aneurisma da aorta abdominal (AAA), por Endovascular Aneurysm Repair (EVAR) ou cirurgia convencional (CC), pode agravar a função renal a curto prazo. Esta complicação, mais frequente nos doentes com insuficiência renal crónica (IRC), associa‐se a pior prognóstico a longo prazo. O objetivo deste trabalho foi quantificar o agravamento da função renal após reparação do AAA em doentes com IRC prévia e demonstrar o consequente aumento da morbimortalidade. MétodosEstudo retrospetivo em doentes com IRC estádios Chronic Kidney Disease 3‐4 (TFGe 15‐59ml/min), submetidos a correção eletiva de AAA entre fevereiro/2011 e fevereiro/2015 numa instituição terciária. Variáveis estudadas: idade, sexo, tipo de intervenção (convencional/EVAR) e estádio CKD. Endpoints: variação da creatinina e taxa de filtração glomerular com a cirurgia, complicações renais pós‐operatórias, necessidade de reintervenção cirúrgica e mortalidade. A análise estatística foi realizada em SPSS. ResultadosForam incluídos 71 doentes. Quinze doentes (21%) foram operados por CC e 56 (78%) por EVAR. À data da intervenção, os doentes encontravam‐se nos seguintes estádios da DRC: CKD 3 – 65 (91%) e CKD 4 – 6 (9%). A variação da TFG com a cirurgia foi −1,08±18,01mg/dl. Verificou‐se IRC agudizada pós‐operatória em 22 (31%) doentes e necessidade de diálise em 5 (7%). A mortalidade global foi 8,5%. Os doentes operados por EVAR tinham DRC mais avançada pré‐operatoriamente, mas apresentaram menor agravamento da função renal. Variação TFG: EVAR 1,14±16,26ml/min vs. CC 9,40±22,11ml/min (p=0,022); variação creatinina: EVAR 0,17±1,03mg/dl vs. CC 0,81±1,47mg/dl (p=0,02). A agudização da IRC pós‐operatória foi superior no grupo CC (53,3 vs. 28,6%; p=0,072), assim como a necessidade de diálise (20 vs. 3,6%, p=0,06). Os 6 doentes que faleceram (EVAR: 3; CC: 3) apresentaram maior agravamento da função renal (variação da creatinina: 1,41±1,63mg/dl vs. 0,20±1,07mg/dl, p=0,001; variação da TFG: −19,0±16,55ml/min; 0,57±17,34ml/min, p=0,007) e necessidade de diálise (50 vs. 3,1%, p=0,003). ConclusãoOs resultados demonstraram uma tendência para uma menor probabilidade de IRA, menor necessidade de diálise pós‐operatória e menor mortalidade nos doentes tratados por EVAR. Contudo, o impacto da administração de contraste a médio/longo prazo, decorrente dos programas de vigilância pós‐EVAR, deve ser considerado.Julgamos ser possível considerar que a realização de EVAR para o tratamento de doentes com AAA e IRC é um procedimento pelo menos tão seguro como a CC. ER -