TY - JOUR T1 - Consulta multidisciplinar do pé diabético – avaliação dos fatores de mau prognóstico JO - Angiologia e Cirurgia Vascular T2 - AU - Ferreira,Vítor AU - Martins,Joana AU - Loureiro,Luís AU - Loureiro,Tiago AU - Borges,Lisa AU - Silveira,Diogo AU - Teixeira,Sérgio AU - Rego,Duarte AU - Gonçalves,João AU - Teixeira,Gabriela AU - Carvalho,André AU - Freitas,Cláudia AU - Neto,Helena AU - Amaral,Cláudia AU - Gonçalves,Isabel AU - Muras,José AU - Carvalho,Rui AU - Almeida,Rui SN - 1646706X M3 - 10.1016/j.ancv.2014.08.005 DO - 10.1016/j.ancv.2014.08.005 UR - https://www.elsevier.es/en-revista-angiologia-e-cirurgia-vascular-388-articulo-consulta-multidisciplinar-do-pe-diabetico-S1646706X1400007X AB - IntroduçãoA diabetes mellitus é responsável por 70% das amputações não traumáticas do membro inferior e 85% destas são precipitadas por úlceras. Objetivo – caracterização epidemiológica e resultado da intervenção dos utentes da consulta multidisciplinar do pé diabético. Materiais e métodosEstudo observacional retrospetivo das primeiras consultas realizadas no âmbito da consulta multidisciplinar do pé diabético, durante um semestre. Revisão do processo clínico e avaliação das características epidemiológicas, investigação clínica realizada, meios complementares de diagnóstico e o resultado final (cicatrização da lesão, amputação major, não cicatrização em um ano ou morte). ResultadosRealizaram‐se 361 primeiras consultas do pé diabético no período em estudo, 82,3% por ulceração (31,3% neuropáticos e 68,7% neuroisquémicos). Dos doentes seguidos, 78% obtiveram cicatrização das lesões (com ou sem amputação minor), 7,7% não obtiveram cicatrização da lesão após um ano de seguimento, 10,1% foram submetidos à amputação major e 4,2% faleceram durante o seguimento. Os doentes com doença arterial periférica apresentaram menor probabilidade de cicatrização (70,6 vs. 89,4%, p=0,004) e risco aumentado de amputação major (15,7 vs. 1,5%, p=0,003). A nefropatia diminuiu a probabilidade de cicatrização (50 vs. 82,6%, p=0,008) e aumentou o risco de amputação major (29,1 vs. 6,9%, p=0,008). Os doentes com dependência de terceiros apresentaram maior risco de amputação major (22,9 vs. 6,8%, p=0,008). ConclusõesO tratamento eficaz das úlceras do pé diabético necessita uma abordagem multidisciplinar, intervindo nos vários componentes etiológicos. A doença arterial periférica, a insuficiência renal e a dependência de terceiros são fatores de mau prognóstico das úlceras do pé diabético. ER -