TY - JOUR T1 - Feocromocitoma: estudo retrospetivo multicêntrico JO - Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo T2 - AU - Marques,Ana Paula AU - Paiva,Isabel AU - Sapinho,Inês AU - Belo,Sandra AU - Couto,Joana AU - Azevedo,Teresa AU - Ferreira,Marta AU - Manita,Isabel AU - Alves,Márcia AU - Rangel,Ricardo AU - Oliveira,Maria João AU - Lopes Pereira,Maria AU - Simões,Hélder SN - 16463439 M3 - 10.1016/j.rpedm.2016.05.003 DO - 10.1016/j.rpedm.2016.05.003 UR - https://www.elsevier.es/en-revista-revista-portuguesa-endocrinologia-diabetes-e-356-articulo-feocromocitoma-estudo-retrospetivo-multicentrico-S1646343916300062 AB - ObjetivoO feocromocitoma é um tumor raro com origem no tecido cromafim. Para avaliar a epidemiologia característica e abordagem destes tumores, foi efetuado um estudo multicêntrico retrospetivo em doentes com feocromocitoma. Material e métodosEstudo retrospetivo, desenvolvido em 12 centros, incluiu 176 doentes tratados entre 1986‐2011. Efetuado um questionário que incluiu dados epidemiológicos, clínicos, doseamentos laboratoriais, exames de localização, estudo genético, preparação pré‐operatória e cirurgia. De acordo com a data de diagnóstico, os doentes foram divididos em 2 períodos de tempo, 1986‐2000 e 2001‐2011, e alguns dados foram comparados. ResultadosCento e cinco mulheres e 70 homens, idade média 51,9±15,2 anos. Em 172 doentes, a apresentação clínica foi: 31% incidentalomas, 10% paroxismos típicos, 18% hipertensão persistente e 5% detetados durante rastreio genético. Onze por cento tinham outros sintomas clínicos de feocromocitoma e 25% uma mistura de 2 ou mais quadros clínicos. Os exames laboratoriais mais frequentes foram as catecolaminas urinárias e seus metabolitos urinários.Em 154 doentes, foi localizado por TAC em 84%, RMN em 41% e a cintigrafia com MIBG em 55%. A dimensão média do tumor foi 55,3±33,7mm, 56% na suprarrenal direita e 7% bilateral. O tratamento pré‐operatório em 126 casos foi: fenoxibenzamina em 65% dos doentes e associada a um betabloqueador em 29,3%.Em 170 doentes, 91 efetuaram laparotomia (54%) e 74 laparoscopia (44%). Cinco doentes não efetuaram cirurgia. Em 9 doentes foi diagnosticado feocromocitoma maligno, 3 na altura do diagnóstico inicial e 6 durante o seguimento (após 6‐192 meses).Em 19 doentes foi efetuado o diagnóstico de uma síndrome genética. ConclusõesTrinta e um por cento dos tumores foram detetados como incidentalomas. A suprarrenal direita foi mais atingida. Observou‐se um aumento do n° de diagnósticos de feocromocitoma e um melhor estudo e estadiamento nos doentes diagnosticados entre 2001 e 2011 comparativamente com os diagnosticados entre 1986 e 2000. Dado que a malignidade se pode manifestar tardiamente, o seguimento destes doentes deve ser para toda a vida. ER -